domingo, 22 de abril de 2012

Fabaceae - Crotalaria retusa L.

Inflorescência racemo, flores com pétalas amarelas, estandarte reflexo, orbicular (f. 1)
 Flor em tamanho normal (f. 2) 
 Estandarte estriado na base (f. 3)
 Ovário oblongo (f. 4)
 Androceu monadelfo, filetes curtos, anteras dimórficas, estilete longo, piloso na parte apical (f. 5) 
 Corola com pétalas unguiculadas, amarelas (f; 6)
 Cálice campanulado, bilabiado, estilete piloso, estigma capitado (f. 7)
Anteras llanceoladas e orbiculares (f. 8)
Racemo laxo, flores pediceladas (f. 9)
frutos com cálice persistente, folhas simples (f. 9)

Fruto inflado, seco, escuro, deiscente (f. 10)
 Sementes reniformes, castanhas (f. 11)
 Tamanho diminuto da semente (f. 12)
Fruto imaturo, sementes verdes (f. 13)

Leguminosae, Papilionoideae, Crotalarieae, Crotalaria L., Seção Crotalaria ca. 690 espécies  (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 42 espécies das quais 19 são endemicas (Flores 2020).

Crotalaria L.

Subarbusto ereto ou decumbente; ramos glabros ou indumentados, inerme. Filotaxia alterna, espiralada. Estípulas 2, laterais, livres ou adnato ao ramo, caduca ou persistente. Folha simples ou palmada, uni ou trifolioladas, peciolada ou séssil, glabra ou indumentada. Inflorescência axilar ou terminal, racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, bilabiado, lobos 5, verde; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelas ou laranjas, estandarte com estrias ou guia de néctar, alas livres, quilhas adnatas; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras heteromorfas, 5 orbiculares, 5 oblongas, rimosas; ovário estipitado ou séssil, pluriovulados, glabro ou piloso. Legume oblongo a linear, cilíndrico, inflado. Sementes reniformes, lisas, castanho.

Crotalaria retusa L., Species Plantarum 2: 715. 1753.

Subarbusto ereto 40 cm altura; ramos estriados. Estípulas pequenas. Folha simples, discolores, obovada, ápice arredondado, retuso, margem inteira, base cuneada . Inflorescência terminal racemo laxos; brácteas lineares, reflexas, flores monoicas, estipitadas; bractéolas 2, botões verdes; flores monoicas, cálice verde, campanulado, bilabiado, lacínios 5, 3 superiores triangulares, falcadas, maiores  que os 3 inferiores, persistente no fruto, parte livre igual a parte soldada; corola 5. estandarte reflexo, orbicular, androceu monadelfo, estames e anteras dimórficas, estames curtos 5, com anteras lineares e estames longos 5, com anteras elípticas; gineceu 1, ovário pluriovulado, achatado, estilete curvo, estigma clavado com tricomas na base. Frutos inflados, pluriespermado, imaturos verdes, maduros negros, estilete persistente. Sementes achatadas, castanho, semelhante a uma castanha de caju.

Comentário

Bentham (1862) destacou nesta espécie a folha com parte adaxial glabra, e a face abaxial  pubescente ou serícea, caracteres compartilhados com C. paulina. A espécie C. retusa apresenta folha retusa, bráctea mínima reflexa, contra folha aguda, bráctea ereta lanceolada em C. paulina.

Nome popular: amendoim bravo, chique-chique, guiso de cascável.

Determinadora: Andréia Silva Flores

Fotografias: Rubens Teixeira de Queiroz, Pedra da Boca- Araruna Paraíba e Natal Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências


-Bentham, G. 1859. Leguminosae. Papilionaceae. In: Martius, C.F.P.; Endlicher, A.C. & Urban, J. (eds.). Flora Brasiliensis 15(1): 17-32.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Flores, A.S. 2020. Crotalaria in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82989>. Accessed on: 07 May 2021

-Flores, A.S. 2015. Crotalaria in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Flores, A.S. & Miotto, S.T.S. 2001. O gênero Crotalaria L. (Leguminosae-Papilionoideae) na Região Sul do Brasil. Iheringia, série Botânica 55: 189-247.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.


Exsicatas

Herbário P

sábado, 21 de abril de 2012

Fabaceae - Ateleia guaraya Herzog

Inflorescência axilar, racemo, flores pequenas, folhas imparipinadas, folíolos alternos (f. 1)
Folíolos ovados, sâmaras estipitadas (f. 2)
Racemos terminais ou axilares (f. 3)
Filotaxia alterna-espiralada (f. 4)
Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Ateleia (Moç. & Sessé ex DC) Benth. 20 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 3 espécies, porém nenhuma é endêmica (Mansano et al. 2015).

Ateleia (Moç. & Sessé ex DC) Benth.

Árvore, ramo inerme. Estípula basifixa, lateral. Filotaxia alterna espiralada. Folha imparipinada, folíolos opostos, subalterna, nectário ausente, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo, axilar. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, 5, corola dialipétala, pétalas 1, unguiculadas, androceu dialistêmone, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, estipitado, uniovulado. Fruto samaróide, estipitado, plano, assimétrico.



Árvore com 5 m de altura; caule ramificado; ramis cinéreos, com lenticelas alva. Estípulas caducas. Folhas imparipinadas, folíolos alternos, glabros, ovados, sendo o apical elíptico, margem inteira, ápice retuso, base assimétrica. Inflorescências axilares ou terminais, racemos seríceos-pubescentes, longos, congestos; botões esverdeados. Flores pediceladas, monoclinas; gamossépalas, sem lobos ou lacínios, pétalas ausentes; androceu dialistêmone, estames 10; ovário estipitado, esverdeado. Frutos  samaroides, margem superior reta inferior circular, monospérmico.


Planta introduzida usada na arborização do Campus da Unicamp.


Ateleia=greg. Incompleto, imperfeito, referindo as flores faltando quatro das cinco pétalas.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, praça do Ciclo Basico ao lado do DCE, Unicamp, Campinas, São Paulo- Brasil.


Referência

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Mansano, V.F.; Tierno, L.R. 2020. Ateleia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82647>. Accessed on: 23 May 2021

-Mansano, V.F.,Pinto, R.B.,Pennington, T. 2015. Ateleia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB82647>.

-Mohlenbrock, R.H. 1962. A revision of the leguminous genus «ateleia», Webbia, 17:1, 153-186, DOI: 10.1080/00837792.1962.10669741

-Silva, R.R, & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Papilionoideae (Leguminosae) do Planalto Residual do Urucum, oeste do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea, 39(1), 39-83https://doi.org/10.1590/S2236-89062012000100003

Exsicata


Herbário P


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Fabaceae - Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd.

Inflorescência glomérulo, multifloro, flores pequenas, estames vistosos, pedúnculo longo (f. 1)
Flores com cálice e corola unidos, ocultos entre os estames, flores sésseis (f. 2)
Estames com filetes longos e rosa, anteras amarelas (f. 3)
Glomérulo em botões (f. 4)
Pedúnculo com tricomas glandulosos, brácteas elípticas com glândulas (f. 5)
Sinflorescência terminal (f. 6)
Frutos estipitados, craspédio, linear, plano, glabro (f. 7)
Ramo costado, coberto por tricomas glandulares, aculeado (f. 8)
Tricomas glandulares presentes no ramo e no pecíolo, pedúnculo glabro, cilíndrico (f. 9)
Pulvino entumescido, estípula estreitamente triangular (f. 10)
Ramos costados, com antocianina, vináceo (f. 11)
Planta arbustiva, armada, folhas bipinadas (f. 12)
Folíolo e foliólulos oblongos (f. 13)
Folha com 6 pares de jugas (f. 14)
Filotaxia alterna, espiralada, 3 pares de folíolos (f. 15)
Craspédios numerosos num ramo (f. 16)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Mimosa  L. sec. Habbasia, ser. Bipinnatae (Barneby 1991). 490-510 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015).

Mimosa L.

Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.


Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd., Species Plantarum. Editio quarta 4(2): 1036. 1806.


Planta arbustiva, ca 80 cm alt; ramo costado, difuso, verde ou vináceo, coberto por tricomas glandulares, vinho, armado. Estípula 2, estreitamente-triangular. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, 3-6 pares de juga; folíolo oblongo, paripinado, multijogo; foliólulo oblongo, ápice arredondado, margem inteira, base assimétrica, glabro em ambas as faces, membranáceo, pecíolo longo, raque laxa, armada. Inflorescência axilar ou terminal, glomérulo, pedúnculo longo, bráctea elítica, alva. Flor séssil, monoica, pequena; cálice campanulado, inconspícuo, corola tubulosa, 4-5 lobos, triangulares, alvas, oculta pelos estames; androceu visível e chamativos, estames 8, rosa; antera amarela, dorsifixa, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado. Fruto craspédio, estipitado, linear, plano, glabro, pluriarticulado, membranáceo.

Comentário

Esta espécie pode ser identificada por apresentar ramo pouco difuso, costado, com tricomas glandulares, peltados, laxo e fruto glabro, plano com segmentos convexo. 
Na Paraíba ocorre em ambientes antropizados da região litorânea. Em João Pessoa ocorre no entorno da UFPB.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Avenida do Contorno, em frente ao Anatômico do Campus I, UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil.


Referências


-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Dutra, V.F.; Morales, M.; Jordão, L.S.B.; Borges, L.M.; Silveira, F.S.; Simon, M.F.; Santos-Silva, J.; Nascimento, J.G.A.; Ribas, O.D.S. 2020. Mimosa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18874>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Silva, J.S. and Sales, M.F. 2008. O gênero Mimosa (Leguminosae-Mimosoideae) na microrregião do Vale do Ipanema, Pernambuco. Rodriguésia [online]. vol.59, n.3 [cited 2021-04-26], pp.435-448.


Exsicatas

Herbário K

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fabaceae - Erythrina speciosa Andrews - mulungu -

Pseudorracemo, cálice tubuloso, pétalas vermelhas (f. 1)
Hábito arbóreo (f. 2)
Ramo armado (f. 3)
Pseudorracemo (f. 4)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Erythrina L. 1753. 120 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies, das quais 2 são endêmicas (Lima e Martins 2015).


Erythrina L.


Árvores, tronco estriado, armado ou inerme; copa aberta; ramos cilíndricos, tomentoso, armado. Estípula 2, basifixa, lateral. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas trifolioladas, folíolos romboides, lanceolados, elípticos, ápice obtuso, agudo, margem inteira, base arredondada, obtusa, raque maior que o pecíolo. Inflorescência terminal, panícula de pseudorracemo, longipedunculada, brácteas caducas; botão falcado.  Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso ou espatáceo, tomentoso ou glabro; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, amarelas, vermelhas; estandarte reflexo, alas livres, menor que as pétalas da quilha; androceu diadelfo, alvo, anteras elípticas, rimosas; gineceu simples, ovário linear, filete maior que o ovário, estigma puntiforme. Legume típico, linear, cilíndrico, valvas coriáceas. Sementes reniformes, vermelha, castanha.

Erythrina speciosa Andrews, Botanist's Repository, for new, and rare plants 7: pl. 443. 1806.

Árvore com até 5  metros. Caule muito ramificado. Ramos aculeados. Folhas compostas, trifolioladas. Inflorescência do tipo racemo. Flores vermelhas. Visitadas por cambacica e beija-flores.

Planta muito usada na ornamentação.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Universidade Estadual de Campinas, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo.

Referência


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Krukoff, B.A. & Barneby, R.C. 1974. Conspectus of species of the genus Erythrina. Lloydia 37(3): 332-459.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lima, H.C. de; Martins, M.V. Erythrina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 02 Jun. 2015

-Martins, M.V. 2020. Erythrina in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22967>. Accessed on: 05 Jun. 2021

-Martins, M.V. & Tozzi, A.M.G.A. 2018. Nomenclatural and taxonomic changes in Brazilian Erythrina
(Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae). Journal of the Torrey Botanical Society 145(4): 398–402, 2018. https://doi.org/10.3159/TORREY-D-18-00003.1

-Martins, M.V. 2014. Filogenia do gênero Erythrina L. (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) e revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil. 2014. 185 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/314802>. Acesso em: 25 ago. 2018.

-Trusty, J. L., H. C. Kesler & G. H. Delgado. 2006. Vascular Flora of Isla del Coco, Costa Rica. Proc. Calif. Acad. Sci., ser. 4, 57(7): 247–355.



Exiscata

Herbário Reflora

domingo, 15 de abril de 2012

Fabaceae - Libidibia ferrea (Mart.) L.P.Queiroz - pau-ferro - jucá -

Flor com sépalas ovadas, pétalas orbiculares, imbricadas, carena com guias de néctar vermelho, filetes longos com tricomas na base, anteras elípticas (f. 1) 
Flor pedicelada, pedicelo articulado, sépalas caducas (f. 2)
 Face abaxial dos foliólulos, discolores e oblongos (f. 3)
 Fruto câmara (f. 4) 
Câmara pubescente, plana (f. 5)
Hábito arbóreo (f. 6)
Tronco cilíndrico, liso, verde e cinza (f. 7)
Racemo (f. 8)
Câmara (f. 9)
Fruto tipo câmara (f. 10)
Copa (f. 11)
Flores zigomorfas (f. 12)
Solo com flores (f. 13)
Estames dialistêmones e homodínamos (f. 14)
Ramo lenticelado (f. 15)
Visitante floral (f. 16)
Mamangava um visitante floral (f. 17)
Árvore (f. 18)
Visitante floral (f. 19)
Inflorescência panícula (f. 20)
Tronco com cascas esfoliantes (f. 21)
Corola dialipétala (f. 22)


Leguminosae, Caesalpinioideae, Caesalpinieae, Libidibia (DC.) Schltdl. 10 spp. (W3tropicos 2015).

No Brasil ocorrem 2 espécies das quais 1 é endêmica (Lewis 2015).


Basiônimo: Caesalpinia ferrea Mart., Reise Bras. 2: 611. 1828.

Árvore ou arbusto com até 3 metros de altura; tronco cilíndrico, liso, esfoliante, variegado de cinza com verde; copa muito fechada; ramos difusos, cilíndricos, pubescentes. Estípulas caducas. Folhas compostas, bipinadas, 3-4 pares de juga, opostas; foliólulos 5-6, opostos, oblongos, ápice arredondado, margem inteira, base assimétrica, discolores, coriáceo, faces adaxial e abaxial pubescente. Inflorescência terminal, racemo, laxo. Botão ovoide. Flores pediceladas, monoica; hipanto curto; cálice dialisépalo, pétalas 5, ovadas, esverdeada; corola 5, amarelas, pétalas imbricadas, orbiculares, carena variegada de vermelho, parte superior reflexa; androceu 10,  estames com filetes longos com tricomas na base, anteras castanhas, elípticas, dorsifixas, rimosas; gineceu séssil, ovário curto, estilete curto, estigma achatado, verde. Fruto câmara seca, oblonga, castanha, indeiscente, plana, pubescente, imatura verde.

Comentário

Espécie fácil de ser reconhecida, pela copa assimétrica, tronco liso, foliólulos oblongos e o fruto câmara indeiscente.

Na Paraíba pode ser encontrada tanto na Mata Atlântica como na Caatinga. 

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz (f. 1-5) Campos I, UFPB e (f. 6-8) Barão Geraldo, Campinas - SP.
Material visualizado em Cabaceiras, Congo, Camalaú, São José dos Cordeiros (Cariri).

Nome popular: Pau ferro

Uso: Planta muito usada na arborização urbanda, madeireira.

 Referência

-Barroso, G. M. 1965. Leguminosas da Guanabara. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 18: 109–177.

-Bentham, G. 1870. Flora Brasiliensis 15(2): 69.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Gaem, P.H. 2020. Cenostigma in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB605732>. Accessed on: 25 Apr. 2021

-Gagnom, E.; Bruneau A. , Hughes; C.E.; Queiroz, L.P. and Lewis, G.P. 2016. A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae). PhytoKeys 71: 1–160

-Lewis, G.P. Poincianella in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 06 Mai. 2015

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lewis, G.P. (1994) Systematic Studies in Noetropical Caesalpinia L. (Leguminosae: Caesalpinioideae), including a revision of the Poincianella-Erythrostemon group. University of St. Andrews, St. Andrews, 237 pp.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Oliveira, F.G.; Fernando, E.M.P. 2020. Libidibia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB109828>. Accessed on: 28 Apr. 2021

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.