quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista hispidula (Vahl.) Irwin & Barneby - melosa -

Flor amarela, estames oblongos, estigma longo curvado (f. 1)
Frutos legume, oblongo, plano, hispido (f. 2)
Botão ovado, folhas bijuga, pecíolo longo (f. 3)
Flor com visitante (f. 4)

Pétala obovada, unguiculada (f. 5)
Racemo laxo (f. 6)
 Botão ovado (f. 7)
 Flor pedicelado (f. 8)
 Sépalas ovado-oblongo (f. 9)
 Pétalas unguiculadas (f. 10)
 Pétalas obovada (f. 11)
 Ramos com indumento glandulares (f. 12)
 Flor zigomorfa (f. 13)
 
Valvas elásticas, sementes obovada, preta (f. 14)
 Estilete curvado (f. 15)
 Sépala ovado-oblongo com tricomas (f. 16)
Verticilos reprodutivo, antera oblonga (f. 17)
 Anteras com deiscência poricida (f. 18)
 Ovário oblongo, filete longo, curvado, glabro (f. 19)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassinieae, Chamaecrista Moench, Seção Absus, Subseção Absus, xxxi Serie Absoideae (Irwin e Barneby 1982).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

 
Chamaecrista hispidula (Vahl) H.S.Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 661. 1982.

BasiônimoCassia hispidula Vahl, Eclogae Americanae 3: 10. 1807.

Comentário

Chamaecrista hispidula é um táxon facilmente reconhecido por apresentar tricomas híspidos glandulosos especialmente nas porções vegetativas (caule e ramos) e reprodutivas (pedicelo e sépalas); pedicelos longos (14-20 mm de comprimento); inflorescência terminal, constituída por flores grandes, quando comparada com as demais espécies. 
Na Paraíba ocorre na zona litorânea, coletada em Jacumã no Conde e Rio Tinto.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Tabatinga, Conde, Paraíba, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, 
 nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
 
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Exsicatas

Tipo: Jstor
Herbário K e P

Notas

Espécie tipica da seção AbsusChamaecrista hispidula (Vahl.) Irwin e Barneby

De acordo com Irwin e Barneby (1982) temos 6 seções, entre estas a maior em diversidade de espécies é  Chamaecrista seção Absus. Aqui, fizemos uma tradução, no entanto por não dominar o inglês, aconselho a consultar sempre a obra original que pode ser obtida em pdf neste mesmo blogger. clicando na barra de gênero em Cassia será possível obter os dois volumes.

B. Seção Absus (Colladon) Irwin; Barneby
Chamaecrista sect. Absus (Colladon) Irwin e Barneby, Brittonia 31(1): 155. 1979. Cassia sect. Absus DeCandolle ex Colladon, 1816. ­Sp. Typica: Chispida Colladon = Chamaecrista hispidula (Vahl) Irwin e Barneby
"Inflorescência presente nos ramos frondosos do mesmo ano, terminal racemo simples ou terminal racemo-paniculado, ou por redução do ramo axilar racemoso, o eixo primário de cada racemo desenvolvido e vários floridos, se reduzido (raramente) 1 flor, com pubescência viscoide-setosa; androceu 10 estames, diminutamente ovado ou falcadamente hemi-lanceolada, oculto por uma hetermorfia, pétala envolta ou convoluta interposta entre ela e a obliquamente o  estilete exserto, os filamentos todos menor que a metade do comprimento de sua antera, esta ciliada ao longo da sutura lateral e deiscente na parte apical, na antese da flor; estilete cilíndrico, nem dilatado nem curvo distalmente; o estigma muito pequeno com cavidade simetricamente terminal. - Ervas perenes, com raiz principal ou xilopódio, ou subarbusto, estes raramente subarborescentes, um (Subsect. Otophyllum) arbustivo mas anual; filotaxia principalmente alterna espiralada sempre, se o caule herbáceo; pubescência comumente composta parcialmente por setas ou sétulas glandulosas, estas, às vezes, reduzidas a suas bases bulbosas ou a pontos resinosos, na folhagem ou inflorescência (ou em ambos) em consequência mais ou menos viscoso, mas os tricomas glandulares especializados são ausentes na subseção Baseophyllum e Adenophyllum; glândulas peciolares ausentes, exceto em 4 espécies da subsect. Adenophyllum, Baseophyllum e Otophyllum; x = 14. - spp. 167, Neotropical".

Chave para subseção da seção Absus (Irwin e Barneby 1982)

1. Glândulas peciolares presente, séssil, escutelada e depressa, situada entre os pares de folíolos abaixo do primeiro par de folíolos, ou (quando pecíolo suprimido) entre o proximal (ou apenas) par de folíolos; seta glandular 0, mas o legume as vezes glutinoso
2. Arbusto, ou subarbusto com um xilopódio; folíolos 1-4 pares, todos normalmente folíaceo; pedúnculo exatamente axilar; pétalas secas amarelas ou laranjas.
 3. Folíolos margem plana, fortemente assimétrico na base, palmadamente 3-7-nervuras a partir do       pulvinulo; eixo da inflorescência portando com glândulas estuteladas (como na seção Apoucouita) .................................Ba. Subsect. Baseophyllum
3. Folíolos margem revoluta, subsimétrico na base, 3 nervuras a partir do pulvino; eixo da inflorescência sem glândula. Brasil 2 spp.......................Bb. Subsect. Adenophyllum
2. Ervas anuais (às vezes de duração de tempo e altura longos); folíolos 10-20 pares, o proximal 1-3    pares modificado em lâminas sésseis deltoide-reniforme semelhantes a brácteas florais ou estípula;     pedúnculo adnado ao internó-caule. Os folíolos aparecendo supra-axilares (como na seção           Chamaecrista ser. Chamaecrista); pétalas secas esbranquiçadas..................................................   Bc. subsect. Otophyllum

Serie Absoideae Benth. Folha bijuga, membranácea, frequentemente folhas jovens com menos pubescência em ambas faces, curtas ou longas, raro ( em Ch. barbata) maior, obtusa ou (em Ch. paucijuga) aguda. Espécies arbustiva, ou arbustiva (Bentham 1870:131) Em Bentham (1870) tinham 18 espécies, Irwin e Barneby (1982) reordenaram as espécies e em seu tratamento são encontradas 24 taxa ver  IB. 1982: 660.

Chamaecrista multiseta, Ch. egleri, Ch. longicuspis, Ch. paraunana, Ch. barbata, Ch. rugosa, Ch. belemii, Ch. salvatoris, Ch. acosmifolia, Ch. andersonii, Ch. juruensis, Ch. brevicalys, Ch. zygophylloides, Ch. suzana, Ch. jacobinae, Ch. chapadae, Ch. viscosa, Ch. campestris, Ch. hispidula, Ch. amiciella, Ch. carobinha, Ch. punctulata, Ch. roncadoensis, Ch. fagonioides e Ch. fodinarum.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista calycioides (Collad.) Greene

Folha composta paripinada, folíolos variegados, margem ciliada (f. 1) 
 Flores axilares, pedicelo curto (f. 2)
 Ramo arqueado (f. 3)
 Fruto oblongo (f. 4)
Anteras isomorfas (f. 5)
Valvas elásticas, vilosas (f. 6)
Vários frutos (f. 7)
   Hábito subarbustivo (f. 8)
Pétalas obovadas (f. 9)
Flor assimétrica (f. 10)
Pecíolo curto menor que o comprimento da flor (f. 11)
Anteras lanceoladas (f. 12)
Ramo híspido (f. 13)
Cálice homomorfo (f. 14)
Filotaxia alterna dística (f. 15)


Leguminosae, Caesalpioioideae, Cassieae, Cassineae, Chamaecrista Moench, seção Caliciopsis Irwin e Barneby. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015)

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene  var. calycioides, Pittonia 4: 32. 1899.

Comentários

Chamaecrista calycioides é uma espécie facilmente reconhecida por ser uma erva decumbente, com folhas constituídas por 9-12 pares de folíolos, estípulas lanceoladas e flores isoladas. 

Na Paraíba é encontrada no domínio da Caatinga nas áreas arenosas, principalmente nas intermediações e nos inselbergues. Coletado em Cabaceiras - PB

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.


Referências

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,

 nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
 
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


MOP


Notas

Seção Caliciopsis Irwin & Barneby seção intermediária entre Sect. Chamaecrista e Sect. Xerocalyx com sépalas semelhantes a de Sect. Xerocalyx, com estrias paralelas multinérveas, estas sépalas subiguais (nunca insigniter gradualmente imbricada). Número de cromossomos (x=8, nunca 7) Sp. típica: Ccalycioides.

Semelhante em morfologia e cariótipo aos membros herbáceos a Seção Chamaecrista  e próximo a venação estriada das estípulas da seção Xerocalyx, mas diferindo a partir desta última nas sépalas que são desiguais, e número de folíolos que é plurijuga e não 2 pares de juga como em Xerocalyx.

Seção Caliciopsis Irwin; Barneby é constituída por duas espécies: Chamaecrista calycioides e Cduckeana (A. Fernandes e P. Bezerra) Irwin e Barneby

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista duckeana (A. Fernandes & P.Bezerra) Irwin & Barneby

Botão ovado, flor com pétalas unguiculadas, amarela (f. 1)
Folhas compostas, alternas (f. 2)
Folíolos oblongos; inflorescência cimosa, flores axilares (f. 3)
Pétalas imbricadas, pétala interna com estrias vermelhas no ápice (f. 4)
 Carena obovada, corola com guia de néctar vermelho (f. 5)
 Flor pedicelada (f. 6)
Ramo cilíndrico, híspido, folíolo oblongo, mucronado (f. 7)
 Sépalas monomorfas, com tricomas hispido no dorso, estipelas triangulares (f. 8)
 Folíolos oblongos, flor vistosa (f. 9)
 Planta subarbustiva (f. 10)
 Botão ovado-lanceolado (f. 12)
 Nectário estipitado no pecíolo (f. 13)
Estípulas lanceoladas (f. 14) 
Ramo cilíndrico, hispido (f. 15)

Leguminosae, Caesalpinioideade, Cassieae, Cassineae, Chamaecrista Moench, Seção Caliciopsis (Irwin e Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.



Basiônimo: Cassia duckeana P. Bezerra & Afr.Fern., Bradea, Boletim do Herbarium Bradeanum 2(50): 337, f. 1–2. 1979. 

Planta subarbustiva, anual, erecta com cerca 1 m de altura; ramo difuso, cilíndrico, híspido, inermes, verdes. Estípulas lanceoladas, membranácea, 3-4 nervadas, nervuras paralelas, persistentes. Folhas compostas, paripinadas; pecíolo curto, raque longa, híspido; glândulas longo-estipitadas; folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial híspida, nervura expressa na face abaxial, membranáceo. Inflorescência axilar, cimosa. Brácteas estreitamente-triangulares, persistente; bractéolas estreitamente-triangulares. Botão ovado. Flor zigomorfa, longo pedicelada, pequenas, monoicas; cálice 5, sépala ovadas, dorsamente híspida, corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, carena oblonga, pétala interna cuculada, com manchas vermelhas no ápice arredondado; androceu 10, estames com filete curto e anteras lineares, deiscência lateral; gineceu 1, ovário séssil, oblongo, pluriovulado, estilete curvado, glabro, estigma puntiforme. Fruto legume, linear, levemente arqueado, plano, valvas, coriácea.

Comentário

Esta espécie juntamente com Chamaecrista calycioides constituem a seção Caliciopis. Ambas são distintas facilmente, pelo comprimento do pedicelo e tamanho da flor, tendo Ch. duckeana pedicelo longo e flor grande, versus pedicelo curto e flor pequena em Ch. calycioides. Frequente em áreas de Caatinga, é amplamente distribuída nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

Flora da Paraíba
Na Paraíba há diversos registos para Alagoa Grande, Catolé do Rocha, Serra Branca e Souza.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz Fazenda Almas, São José dos cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências


-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012


-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB621875>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Souto F.S., Quaresma A.A., Queiroz R.T. & Pereira M.S. 2019. Estudo taxonômico da Tribo Cassieae (Leguminosae – Caesalpinioideae) no Parque Ecológico Engenheiro Ávidos, Cajazeiras-PB. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 3(1) - in press.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015



Exsicatas

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista ramosa (Vogel) H.S.Irwin & Barneby var. ramosa

Pétalas unguiculadas, obovadas, amarelas, estames lineares (f. 1)
 Folha tetrafoliolada, botão ovado, agudo (f. 2) 
 Hábito subarbustivo decumbente (f. 3)
 Folha com folíolos pequenos (f. 4)
Estípula cordada, botão ovado, flor com pétalas unguiculadas, obovadas, amarelas, estames 10, anteras lineares (f. 5)
Folhas composta, bijuga (f. 6)
Caule com antocianina, vermelho (f. 7)
Estandarte cuculado (f. 8)

Leguminosae, Casealpinioideae,  Cassieae, Cassinieae, Chamaecrista - seção Xerocalyx. (Irwin; Barneby 1982) Chamaecrista Moench 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).


Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Chamaecrista ramosa (Vog.) H.S.Irwin; Barneby var. ramosa, Mem. New York Bot. Gard. 35: 884.1982.



Comentário

Chamaecrista ramosa var.  ramosa caracteriza-se por ser um subarbusto decumbente, com folhas constituídas por dois pares de folíolos, estames sésseis e sépalas vermelho-vináceas. 

Chamaecrista ramosa diferencia-se C. desvauxii pelo comprimento do pecíolo. C. desvauxii tem pecíolo com mais 3 mm de compr. C. ramosa < 3mm compr. 
Na Paraíba ocorre nas regiões de restingas, coletadas no Seixas, João Pessoa.

Nome popular: amendoim de praia

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicatas

MO e P

sábado, 11 de setembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista ensiformis (Vell.) Irwin & Barneby - pau ferro -

  Pétalas 5, unguiculadas, cuculadas, estames oblongas, abertura lateral (f. 1)
 Cálice ovado, patente, estames sésseis, anteras oblongas, ovário oblongo, estilete curvado (f. 2)
Flor longo-pedicelada (f. 3)
 Inflorescência caulifora (f. 4)
Folha composta, 2-3 pares de juga, inflorescência axilar (f. 5)
Planta arbustiva, florida (f. 6)
Ramo muito difuso e florido (f. 7)

Leguminosae Caesalpinioideae - tribo Cassieae - Chamaecrista - seção Apoucoita. 330 spp. (Lewis et al. 2005).


No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin; Barneby var. ensiformis, Mem. New York Bot. Gard. 35: 642. 1982.

Comentários

Chamaecrista ensiformis diferencia-se das demais espécies, por ser a única que possui porte arbóreo (podendo atingir até sete metros de altura),  racemos caulifloros e estípulas caducas.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I, UFRN, Natal, Rio Grande do Norte; Coqueirinhos, Conde, Paraíba, Brasil

Referências
 
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Rando, J. G. .2009. Chamaecrista Moench. Seções Apoucouita, Chamaecrista e Xerocalyx (Leguminosae - "Caesalpinioideae") na Serra do Cipó, Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/D.41.2009.tde-11122009-173343

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Exsicatas

Herbário MO


segunda-feira, 22 de março de 2010

Fabaceae - Mimosoideae - Defesa - Ana Paula Savassi.


Defeza de tese de Ana Paula Savassi revisou a Seção Calotame de Mimosa.
Da esquerda para direita Vinicius Castro - Esalq, Luciano Paganucci - UEFS, G. Lewis Kew, Ana, J. Rubens Pirani - Usp e Inês Cordeiro - IBT.

Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi

Foto: tirada o Campus da USP defesa de Ana Paula Savassi 22/3/2010

Ex-orientandos da da professora Ana Tozzi (Unicamp) 

Esquerda para a direita Tânia Moura - gênero Mucuna (profa. UEPR), Marcos Silva Lonchocarpus (Prof. UFGO), Juliana Silva - Mimosa (profa. Uneba), Ana Paula Fortuna-Perez - Zornia (profa. Unesp), Professora Ana Tozzi, Milena Vetrichi - Erythrina, Rubens Queiroz - Tephrosia (prof. UFPB).

Leguminosae - Fabaceae - Diversidade

É importânte conhecer a diversidade da flora brasileira, pois só a partir desse conhecimento poderemos começar a priorizar o que é de importância urgente a ser conservada.


http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/