sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Fabaceae - Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose - unha de gato -

Panícula de glomérulos, flores brancas (f. 1) 
Folhas compostas, bipinadas (f. 2)
Ramos cilíndricos, estriados, cilíndricos (f. 3)
Caule cilíndrico, cinzento (f. 4)
Folha composta multijuga, panícula de glomérulos (f. 5)
Inflorescência terminal (f. 6)
Pluma foliar (f. 7)
Ramo com legumes (f. 8)
Legume com valva castanha, cartácea (f. 9)
Ramo armado (f. 10)
Valva internamente glabra, semente ovada, testa lisa, dura, hilo central (f. 11)
Valva larga, semente com testa lisa, dura (f. 12)
Valva longa, rafe longa (f. 13)

 Leguminosae, Mimosoideae, Acacieae, Senegalia Raf. 279 espécies (w3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 60 espécies das quais 35 são endêmicas (Morim e Barros 2015).
Senegalia Raf.
Árvores ou lianas, ramos cilíndricos ou costados, armados. Estípula caduca ou persistente, basifixa. Folhas alternas-espiralada, bipinadas, multijugas com nectário no pecíolo, raque ou ambos; pecíolo menor que a raque. Inflorescência axilar, glomérulo ou espiga. Flores sésseis, pentâmeras, actinomorfas, monoclinas, hipóginas, cálice gamossépalo, lacínios 5; corola gamopétala, tubulosa, pétalas 5; androceu dialistêmone, polistêmone, estames numerosos, vistosos, gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, séssil, pluriovulado. Fruto legume, linear, rufo. Sementes com testa lisa, pleurograma aberto.


Senegalia tenuifolia
(L.) Britton & Rose, North American Flora 23(2): 118. 1928.

Planta arbórea. Ramos aculeados, caule angulado. Folhas compostas; glândula na base do pecíolo. Inflorescência do tipo glomérulo. 

Determinadora: Lulu Rico 

Nome popular: unha de gato

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, EMBRAPA CENARGEN, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

-Borges, L. M., & Pirani, J. R. 2013. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae-Mimosoideae. Boletim De Botânica, 31(1), 41-97. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i1p41-97

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007


-Morim, M.P.; Barros, M.J.F. Senegalia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Schery, R. W. 1950. Flora of Panama, Part V. Fascicle 2. Leguminosae–Mimosoideae. Ann. Missouri Bot. Gard. 37(2): 184–314.

-Seigler, D. S. & J. E. Ebinger. 2015. Clarification of Acacia multipinnata, A. paniculata, A. scandens and A. tenuifolia. Phytologia 97(3): 179–186.

- Terra, V.; Morim, M.P. 2020. Senegalia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101020>. Accessed on: 20 Apr. 2021

Exsicatas

Reflora

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fabaceae - Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

 Glomérulo, cálice e corola e filetes brancos, anteras amarelas (f. 1)
 Folhas alternas, bipinadas (f. 2)
 Inflorescência axilar (f. 3)
 Anteras amarelas (f. 4)
 Lenticelas, caule marrom (f. 5)
 Nectário (f. 6)
Nectário séssil, concavo (f. 7)
Ramo estriado (f. 8)
folhas bipinadas e frutos planos (f. 9)
folículo com valvas glabras (f. 10)
caule cinzentos (f. 11)
Semente orbicular (f. 12)
Panícula de glomérulo (f. 13)
Tronco aculeado (f. 14)
Floração (f. 15)
Árvore com copa assimétrica (f. 16)
População (f. 17)
Sementes plantas orbiculares (f. 18)
Árvore (f. 19)
Ramos inermes (f. 20)
Folículos (f. 21)
Panícula (f. 22)
Glomérulo (f. 23)
Folículos (f. 24)
Folículos (f. 25)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Anadenanthera Spreg 2 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem duas espécies (Morim 2015).


Anadenanthera Spreg

Árvores, tronco cilíndrico, liso, inerme ou apresentando projeções cônico-espinescente, ramos cilíndricos, lenticelados, inermes. Estípula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas bipinadas, multijuga, nectário oblongo, côncavo presente no pecíolo, raque menor que o pecíolo; folíolos oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, odor presente. Inflorescência axilar, glomérulo. Flor monoclina, actinomorfa, hipógina, diplostêmone; cálice gamossépalo, corola gamopétala, tubulosa, alva, lobos 5, androceu dialistêmone, estames 10, filetes alvos, anteras amarelas, rimosas; gineceu simples, ovário menor que o estilete. Fruto folículo, linear, plano, liso ou verrucoso, constrito entre as sementes. Sementes orbiculares ou oblongas, testa lisa.



Árvore com 10-15 metros de altura, caule armado ou inerme na base, rufos; copa ampla, aberta; ramos cilíndricos, lenticelado. Folhas bipinadas, pecíolo com uma glândula oblonga, concava, séssil, presente, 8-20 pares de juga; folíolos opostos; foliólulos, opostos, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, glabro. Inflorescências axilares ou terminais, panículas de glomérulos; flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, curtos, triangulares, brancos; corola 5, simpétalas, branca; estames 10, livres, excetos, filetes longos, brancos; anteras dorsifixas, com glândulas caducas, amarelas gineceu 1, ovário súpero, estipitado.  Fruto folículo, longo estipitado, plano, reto ou arqueado, margem crenada, valvas lenhosas, lisas, brilhosas. Sementes orbiculares, planas, testa dura, glabra e escura.

Comentário

Anadenanthera colubrina se distingue de A. peregrina por apresentar valvas lisas e brilhantes x valvas rugosas e foscas.

Planta com alto potencial econômico. Sua madeira é muito tensa e pode ser usada na construção civil ou como fonte de combustível. As cascas são usadas para curtir pele animal.

As folhas quando murchas produzem ácido cianídrico que pode provocar morte em animais por intoxicação.

Muito comum em matas secas.


Na Paraíba ocorrem em Cabaceiras, São José dos Cordeiros e nos diversos municípios com caatinga.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Corumbá, Mato Grosso do Sul (f. 9-11), João Pessoa, Paraíba - Brasil.

Utilidades: Fixadora de carbono, nitrogênio, produtora de madeira.

Nome popular: Angico


Referências 


- Altschul, S. R. 1964. A taxonomic study of the genus Anadenanthera. Contr. Gray Herb. 193: 3–65

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.


-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Lima, M.P.M. 1985. Morfología dos frutos e sementes dos gêneros da tribo Mimoseae (Leguminosae-Mimosoideae) aplicada à sistemática. Rodriguésia, 37(62), 53-78https://dx.doi.org/10.1590/2175-78601985376206

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

- Morim, M.P. 2015. Anadenanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

- Morim, M.P. 2020. Anadenanthera in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18071>. Accessed on: 18 Apr. 2021

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.


Exsicatas

Herbários MOP





terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fabaceae - Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub. - rabo de bugio -

Inflorescência panícula, axilar, multiflora (f. 1)
Cálice campanulado, corola papilionácea, pétalas alvas, folhas longipeciolada (f. 2)
Ramo cilíndrico, lenticelado, panícula com comprimento menor que o pecíolo (f. 3) 
 Sâmara estipitada, oblongo-elíptica (f. 4)
 Sâmara monosperma (f. 5)
 Semente elíptica, testa da semente lisa, rufa (f. 6) 
Cotiledone verde (f. 7)
 Ramo curto, fractiflexo, filotaxia alterna dística, folha unifoliolada, oblonga (f. 8) 
 Ramo jovem estriado, estípula lanceolada (f. 9)
 Estípula maior ou igual ao comprimento do pecíolo (f. 10)
Face abaxial do folíolo (f. 11)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Dalbergia L.f. 250 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 39 espécies, das quais 21 são endêmicas (Lima 2015).

Dalbergia L.f.

Arbusto, árvore ou liana. Estípula lateral, basifixa. Folha, alterna, imparipinada; uni-plurifoliolada; folíolos alternos, estipelas ausentes. Inflorescência panícula axilar ou terminal. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice campanulado, 5 dentado, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, alva, alaranjada, roxa; androceu monadelfo; antera homomórfica; ovário estipitado. Fruto tipo sâmara, núcleo seminífero central, estipitado, plano, inerme. Semente reniforme, plana.


Dalbergia ecastaphylla (L.) Taub., Die Natürlichen Pflanzenfamilien 3(3): 335. 1894.
BasiônimoHedysarum ecastaphyllum L., Systema Naturae, Editio Decima 2: 1169. 1759.

       
 Planta arbustiva, ca 60 cm, agrupam-se formando grandes moitas; ramo curto, cilíndrico, com lenticelas, ou não, às vezes fraxiniflexo, inerme. Estípulas 2, peltada, lanceolada, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha  composta, unifoliolada, ovada-elíptica, ápice aguda, margem inteira, base obtusa, arredondada, face adaxial e abaxial glabra, coriácea, peciolada. Inflorescência axilar, panícula de racemo; botão ovoide. Flor pequena, monoica, subséssil; cálice campanulado, esverdeado, lacínios 5; corola papilionácea, pétala 5, unguiculada, alva; estandarte orbicular, retuso; alas livres, obovadas, quilha falciforme; androceu monadelfo, gineceu monocarpelar, ovário súpero, estipitado, oligovulado. Fruto estipitado, sâmara, elíptico, plano, valva coriácea.    

Comentário
Facilmente reconhecida por apresentar folha unifoliolada. Planta muito comum nas restingas brasileira.
Na Paraíba é abundante sobre as falésias das praias de Tambaba e Carapibus.
Nome popular: rabo de bugio, marmelo do mangue

Fotos: Polliana Zocche de Souza (f. 1-3), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
Rubens Teixeira de Queiroz (f. 4-11), Carapibus, Conde, Paraíba, Brasil.


Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.


-Filardi, F.L.R.; Lima, H.C.; Cardoso, D.B.O.S. 2020. Dalbergia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22908>. Accessed on: 18 May 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de Dalbergia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Jun. 2015

-Silva, E.D. da, & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Leguminosae na Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 11(4), 299-325. https://doi.org/10.1590/S1676-06032011000400026

Exsicatas

Herbário P




Taxonomic survey of Machaerium sect. Oblonga (Benth.) Taub. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae)

Machaerium floridum


Revisão taxonômica de Machaerium sect. Oblonga (Benth.) Taub. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae)


-Mendonça Filho, C.V., Tozzi, A.M.G.A., & Martins, E.R.F. 2007. Revisão taxonômica de Machaerium sect. Oblonga (Benth.) Taub. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae). Rodriguésia, 58(2), 283-312. https://doi.org/10.1590/2175-7860200758207