quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fabaceae - Mucuna urens (L.) Medik. - olho de boi -

Racemo com flores pediceladas (f. 1)
Flores após a polinização (f. 2)
Fruto legume (f. 3)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Mucuna Adams. 1763, 105 espécies (Lewis et al. 2005)

No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 2 são endêmicas (Moura e Tozzi 2015).

Mucuna Adams.

Liana; ramos cilíndricos, indumento urente presente ou não, inerme. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula presente, caducas. Folha trifoliolada; raque menor que o pecíolo, estipelas presentes. Inflorescência racemo, concaulescência presente ou axilar pêndula. Flores pediceladas, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice tubuloso, bilabiado, corola papilionácea, estandarte menor que as alas; alas livres; androceu diadelfo; ovário pluriovulados. Legume, plano, margem constrita entre as sementes. Sementes orbiculares, hilo linear.

Mucuna urens (L.) Medik., Vorles. Churpfälz. Phys.-Ökon. Ges. 2: 399. 1787.


Fotos: Kayna Agostini, Ubatuba, São Paulo Brasil.

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Moura, T.M. 2020. Mucuna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83489>. Accessed on: 14 May 2021


-Moura, T.M., Mansano, V.F., Torke, B.M., Lewis, G.P., Tozzi, A.M.G.A. 2013. A taxonomic revision of Mucuna (Fabaceae: Papilionoideae: Phaseoleae) in Brazil. Syst Bot 38(3):631–637. DOI: https://doi.org/10.1600/036364413X670458

-Moura, T.M.; Lewis, G.P.; Mansano, V.F.; Tozzi, A.M.G.A. 2018. Revision of the neotropical Mucuna species (Leguminosae-Papilionoideae). Phytotaxa 337(1): 1-65.

-Moura, T.M.; Tozzi, A.M.G.A. Mucuna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 21 Set. 2015

-Silva, E.D. da, & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Leguminosae na Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 11(4), 299-325. https://doi.org/10.1590/S1676-06032011000400026

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Herbários KP

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Fabaceae - Mimosa setosa var. paludosa (Benth.) Barneby

 Inflorescência glomérulo, estames livres, filetes rosa (f. 1)
Flores pequenas, sésseis, filetes longos (f. 2)
 Panícula de glomérulos, tricoma cerdoso (f. 3)
 
Panícula terminal, folhas compostas bipinadas (f. 4)
Inflorescência panícula terminal, glomérulos de botões, brácteas estreitamente-triangulares, planta armada, acúleo reto (f. 5)
Habitat da espécie, ambiente paludoso (f. 6)
Ramo cilíndrico, tricoma hirsuto, armado, vinho (f. 8)
Fruto craspédio linear, ondulado (f. 9)
Frutos lineares, escuros (f. 10)
Frutos numerosos, multisseminado (f. 11)
Planta hirsuta (f. 12)
Valvas membranáceas (f. 13)
Frutos diversos (f. 14)
Estípulas estreitamente-triangulares (f. 15) 

Leguminosae, Papílionoideae, Mimoseae, Mimosa L., Ser. Setosae, setosa I subsp. paludosa. a var. paludosa.(Barneby 1991). 490-510 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015).

Mimosa L.

Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.


Mimosa setosa var. paludosa (Benth.) Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 65: 354. 1991.
Planta subarbustiva, ereta, 1,5m alt.; ramo pouco difuso, cilíndrico, vinho, hirsuto, armada; acúleo reto. Estípula 2, estreitamente-triangular. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, bipinada, oblonga, 20 pares de folíolos oblongos, multijogo; foliólulo oblongo, ápice acuminado, margem inteira, base assimétrica, oposto, séssil, membranáceo, face adaxial e abaxial glabro, pecíolo curto, raque longa. Inflorescência terminal, panícula de glomérulo, bráctea estreitamente-triangular; flor séssil, monoica, pequena; cálice campanulado, corola campanulada; androceu apostemone, estames diplostêmone, filete longo, rosa, antera amarela, rimosa; gineceu monocárpico, ovário súpero, plurisseminado. Fruto craspédio, linear, plano, ondulado, hirsuto, valvas vinho.


Comentário

Espécie com distribuição presente no Cerrado, frequente em ambiente paludoso.

Fotos: Entorno do lago do Parque do Sabiá, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Referências


-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Dutra, V.F.; Morales, M.; Jordão, L.S.B.; Borges, L.M.; Silveira, F.S.; Simon, M.F.; Santos-Silva, J.; Nascimento, J.G.A.; Ribas, O.D.S. 2020. Mimosa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18874>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.


-Rocha, G.P.E., Borges, L.M. e Romero, R. 2014. Mimosoideae (Leguminosae) na Reserva Ecológica do Panga, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [online]. 2014, v. 65, n. 3, pp. 735-750.  https://doi.org/10.1590/2175-7860201465312.


Exsicatas

Herbário K

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Fabaceae - Chamaecrista cathartica var. paucijuga (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby

Inflorescência panícula, flores pediceladas, diclamídeas, folhas paripinadas (f. 1)
Flor pedicelada, assimétrica, heteroclamídea (f. 2)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassineae, Seção Absus, Subseção - Serie Catharticae


No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumentos tectores ou glandulares. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 2, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista cathartica var. paucijuga (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby

Fotos: João de Deus, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Mendes, T.P., Souza, A.O. & Silva, M.J. (2020) Molecular phylogeny and diversification timing of the Chamaecrista sect. Absus subsect.Absus ser. Paniculatae, a newly circumscribed and predominantly endemic of the Cerrado Biome group. Phytotaxa 446 (3): 159–182.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28073>. Accessed on: 25 Apr. 2021

-Scalon, Viviane Renata. 2003. Flora do Distrito Federal, Brasil: Chamaecrista Moench Seção Absus (Collad.) H. S. Irwin & Barneby (Caesalpiniaceae), São Paulo, Universidade de São Paulo - USP, Dissertação de Mestrado em Ciências na Área de Botânica, 83 pp.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015
-Vogel. 1837. Generis Cassiae Synopsis 51.

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet]. [cited 2021 Apr 22] 5

Exsicatas


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Species, genomes, and section relationships in the genus Arachis (Fabaceae): a molecular phylogeny

Species, genomes, and section relationships in the genus Arachis (Fabaceae): A molecular phylogeny

-Friend, S.A., Quandt, D., Tallury, S.P. et al. 2010. Species, genomes, and section relationships in the genus Arachis (Fabaceae): a molecular phylogeny. Plant Syst Evol 290, 185–199 (2010). https://doi.org/10.1007/s00606-010-0360-8

Fabaceae - Vigna luteola (Jacq.) Benth.

Legumes típicos (f. 1)
Botões (f. 2)
Pseudorracemos (f. 3)
Folha trifoliolada (f. 4)
Legume e botões (f. 5)
Psedorracemo (f. 6)
Corola papilionácea (f. 7)
Trepadeira (f. 8)
Sementes (f. 7)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Vigna Savi

No Brasil ocorrem 11 espécies e apenas uma endêmica (Perez 2015).


Liana. Trifoliolada. Inflorescência racemos com pedúnculo longos, flores agrupadas no ápice. Flores amarelas. Frutos cilíndricos.

Planta muito comum em áreas de Cerrado.

Estandarte com ou sem aurículas na base e duas calosidades acima delas. Estilete prolongado  acima da inserção do estigma. Carena com ou sem rostro, mas não em anglo reto. ....Vigna (Barroso 1991)


Referência

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Perez, A.P.F. Vigna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 23 Mai. 2015

-Snak, C.; Salinas, A.O.D. 2020. Vigna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83863>. Accessed on: 01 May 2021

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716. https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314

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Herbários P



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Fabaceae - Sophora tomentosa L. - feijão da restinga -

 Flor com corola papilionácea, cálice gamossépalo, flor pedicelada, estames livres (f. 1)
 Estandarte obovado, ovário linear (f. 2) 
 Racemo terminal, flores com pétalas amarelas, estames livres (f. 3)
 Racemo terminal, flores com pétalas livres, amarelas, estandarte com margem recurvada, alas oblongas, livres (f. 4)
 Vista de cima da inflorescência (f. 5)
Pedúnculo longo (f. 6)
Fruto linear, moniliformes (f. 7)
 Semente orbicular, hilo elíptico (f. 8)
Semente com testa marrom (f. 9)

Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Sophora L. 1753. 50 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorre apenas uma espécie (Lima 2015).

Sophora tomentosa L., Species Plantarum 1: 373. 1753.

Planta arbustiva, lenhosa, ca 1 m de altura; ramo pouco difuso, longo, cilíndrico, inerme, tomentuloso, rufo. Estípulas 2, caducas. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, imparipinada, multijuga, folíolos opostos, elípticos, ovados, ápice arredondado, retuso, mucronado, margem inteira, revoluta, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabras, coriáceo, pecíolo 5-6x vezes menor que o comprimento da raque, caniculado. Inflorescência terminal, racemo laxo, pedúnculo longo. Flor pequena, pedicelada, monoica; pedicelo articulado; cálice campanulado, tomentuloso, verde, lacínios inconspícuos; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte orbicular, reflexo; alas livres, obovado-oblongo; quilha livre, oblonga; androceu 10, estames livres, filetes longos, amarelos, anteras amarelas; gineceu 1, ovário súpero, séssil, linear, tomentoso, pluriovulado. Fruto câmara, moniliforme, linear, cilíndrico, tomentoso. Semente orbicular, castanha, hilo elíptico, central.

 Comentários
Esta espécie é fácil de ser reconhecida, por ocorre principalmente em área de praia, apresenta folhas com margem revoluta, inflorescência laxa, flores amarelas, estames livres e fruto moniliforme, tomentoso.

Na Paraíba ocorre na praia de Jacumã.

Nome popular: Feijão da Praia


Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Brummitt, R.K. & Gillett, J.B. 1966. Notes on the genus Sophora in Africa, including an Asian species found near Zimbabwe. Kirkia 5(2): 259-270.

-Cardoso, D.B.O.S. 2008. Taxonomia da tribo Sophoreae s.l. (Leguminosae, Papilionoideae) na Bahia, Brasil. Dissertação. Pós-Graduação em Botânica. Universidade EStadual de Feira de Santana.


-Dutra, V.F. 2020. Sophora in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB19129>. Accessed on: 14 May 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.   

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de Sophora in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 02 Jun. 2015


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