sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fabaceae - Poecilanthe parviflora Benth. - canela do brejo -

Inflorescência panícula, flores brancas, visitante floral (f. 1)
Planta arbórea densamente ramificada, copa fechada (f. 2)
Inflorescência congesta (f. 3)
Ramo florífero, folhas compostas, folíolos alternos, nitens (f. 4)
Folíolo ovado, glabro (f. 5)
Corola papilionácea, pétalas esbranquiçadas, alas livres (f. 6)
Ramos finos lignosos (f. 7)
Tronco bem ramificado (f. 8)
Caule cilíndrico, inerme, lenticelado (f. 9)

Leguminosae, Papilionoideae, Brongniartieae, Poecilanthe Benth. 10-12 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 6 são endêmicas (Meireles 2015). 

Poecilanthe Benth.

Árvore, ramo inerme. Estípula basifixa, caduca. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, folíolos alternos, estipela ausente. Inflorescência axilar ou terminal, racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, sépalas 5; corola papilionácea, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, anteras dimorfas, rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, placentação marginal; ovário súpero, pauciovulado, estipitado. Fruto legume, oblongo, valvas planas, lignosas. Semente plana, testa lisa, hilo basal.



Árvore com 4 m. Ramos glabros. Folhas compostas, imparipinadas, folíolos alternos. Racemos curtos. Flores brancas.

Nome popular: coração de negro, canela do brejo

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Final da rua Felizberto Brolezze, Jardim Independência, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referências

-Bentham, G. (1860). Synopsis of Dalbergieae, a tribe of Leguminosae. Proc. Linn. Soc. Bot. 4, Suppl.: 1 – 134.

-Bentham, G. (1862). Leguminosae I. In: C. F. P. von Martius, A. W. Eichler & I. Urban (eds.), Flora Brasiliensis. Monachii, Lipsiae, Frid. Fleischer in comm. Vol. 15, part 1. pp. 270 – 271.

BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411

-Cardoso, D.B.O.S.; Lima, H.C.; Meireles, J.E. 2020. Poecilanthe in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18981>. Accessed on: 01 May 2021

-Freitas Silva, M.;Gomes de Souza, L.A., Medeiros Carreira, L.M. 2004. Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus, Edua.

-Hoehne, F. C. 1941. Leguminosas Papilionadas. Flora Brasílica. Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo 25(3): 37-38

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Meireles, J.E. 2015. Poecilanthe in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB18981>.

-Meireles, J.E., & Tozzi, A.M.G.A. 2007. A synopsis of the genus Poecilanthe (Leguminosae, Papilionoideae, Brongniartieae). Rodriguésia, 58(2), 255-264https://doi.org/10.1590/2175-7860200758204
 

Exsicatas

Herbários KP



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fabaceae - Pterocarpus rohrii Vahl - pau sangue -

Corola papilionácea, laranja, guia de néctar vermelho (f. 1)
Planta arbórea (f. 2)
Ramo florido (f. 3)
Filotaxia alterna, dística, folha composta, folíolos elíptico-oblongos (f. 4)
Inflorescência congesta (f. 5)
Flores pediceladas (f. 6)
Inflorescência axilar, racemo (f. 7)
Cálice campanulado (f. 8)
Estandarte com guia de néctar vermelho (f. 9)
Ramo florido (f. 10)
 Sâmara com núcleo seminífero central (f. 11)
Fruto pedicelado (f. 12)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Pterocarpus Jacq. 1763.  35-40 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 8 espécies das quais 4 são endêmicas (Lima 2015).

Pterocarpus rohrii Vahl, Symbolae Botanicae, . . . 2: 79–80. 1791.

Planta arbórea, ca. 15 m de altura, tronco estriado, cinza, soltando placas, pouco ramificado na base; copa fechada; ramo cilíndrico,    inerme, glabros. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta,  imparipinada, folíolos 7-10, alternos, elíptico-oblongo, ápice agudo, margem inteira, base cuneada, face adaxial e abaxial glabras, coriáceo, pecíolo eglandular, 5x menor que o comprimento da raque. Inflorescência axilar, pseudorracemo, congesto, pedúnculo curto, brácteas caducas, bractéolas 2, estreitamente-tringulares. Flores pediceladas, grande, monoica; cálice longo-campanulado, tomentuloso, rufo, lacínio 5, triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas, laranja; estandarte, orbicular, reflexo, ápice retuso, margem crenada, base com guia de néctar vinho; alas livres, obovadas; quilhas aderidas; androceu 10, estames; gineceu 1, ovário súpero, estipitado, uniovulado. Fruto sâmara, núcleo seminífero central, glabro.

Comentário
Esta espécie é fácil de reconhecida pela inflorescência congesta, flores unguiculadas, laranja com um guia de néctar vermelho, além de apresentar fruto sâmara, núcleo seminífero centra.
Na Paraíba ocorre nos remanescentes de mata da Universidade da Paraíba Campus I e com grandes populações de árvores adultas na Mata do Amém, em Cabedelo.
Planta muito usada na arborização, ornamental.

Nome popular: Pau-sangue

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Avanida 2,  Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.


Referências


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Klitgaard, B.B.; Jordão, V.M.M.; Sampaio, D.; Moore, P.G. 2020. Pterocarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23136>. Accessed on: 23 May 2021

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens 

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, H.C. de 2015. Pterocarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23136>.

-Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018

-Rojo, J.P. 1972. Pterocarpus (Leguminosae—Papilionaceae). Phanerog. Monogr. 5: 1–119.

-Siniscalchi, C. M. 2012. Dalbergieae s.l. (Leguminosae Papilionoideae) na Serra do Cipó, Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/D.41.2012.tde-09012013-092803.

Exsicatas


Herbário P 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fabaceae - Sesbania punicea (Cav.) Benth.

Racemo congesto, folíolos oblongos (f. 1)
Ramos longos, flexuosos (f. 2)
Arbusto flexuoso (f. 3)
Fruto alado (f. 4)
Flores grandes, estandarte orbicular, botões planos (f. 5)
Botões planos (f. 6)
Cálice largamente campanulado (f. 7)
Várias inflorescências por plantas (f. 8)
Leguminosae - Papilionoideae -  Sesbanieae - Sesbania Adams. Sect. Daubertonia Benth. 60 spp. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais uma é endêmica (Iganci 2015).

*1415. SESBANIA. P. ALPIN. Cálice cinco dentado. Bainha bivalve. Pericarpo siliquoso, multilocular, cilíndro, longo. Semente cilíndrica Linn. (Scopali 1777).

Sect. Daubertonia Benth.  Legume curto ou longo, linear, tetralado ou agudo tetrangular (Bentham 1859).

Sesbania punicea (Cav.) Benth. Flora Brasiliensis 15(1A): 43. 1859.

Basionimo: Piscidia punicea Cav.

2. SESBANIA PUNICEA BENTH.  Arbustiva; folíolos 8-15 jugas; racemos laxos; cálice truncado, dentes pouco distintos, legume curto-estipitado, tetraangular, 4-10 sementes; sutura largamente bialada (Bentham 1859)

Planta arbustiva, 3 metros de altura; ramos longos flexuosos, cilíndricos, glabros, inermes. Estípulas caducas. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, paripindas, 8-12 pares de juga; folíolos opostos a subopostos, oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base arredondada, membranáceo. Inflorescência axilar, racemo, congesto, menor que comprimento da folha. Botões planos, obovados. Flores pediceladas, monoicas, grandes; cálice largo-campanulado, lobos 5, pouco evidentes, verdes; pétalas 5, unguiculadas, vermelhas, estandarte ou vexilo orbucular, reflexo, ápice retuso; alas ou asas oblongas; quilha ou carena conatas; androceu diadelfo; gineceu com ovário curto estipitado, pluriovulado, estilete curto. Frutos câmara, indeiscentes, tetrangulares, alados, glabro, plurisseminado.
Comentário
Neste site temos duas espécies Sestania punicea (Cav.) Benth. e S. virgata que são facilmente distintas pela cor da flor e forma do fruto. A primeira tem flores rosas e frutos alados, enquanto a segunda tem flores amarelas e frutos sem alas.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Grajáu, São Paulo, São Paulo, Brasil;

Referência

-Bentham, G. 1859. Sesbania punicea (Cav.) Benth. Flora Brasiliensis 15(1A): 43. 

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Iganci, J.R.V.; Miotto, S.T.S. Sesbania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 23 Mar. 2015

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Queiroz, R.T. 2020. Sesbania in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29852>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Scopoli, J.A.G.A. 1777. Sesbania. Introductio ad Historiam Naturalem 308–309.

Exsicatas


Herbário P

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fabaceae - Sesbania virgata (Cav.) Pers.

Flores com corola amarela (f. 1)
Cálice campanulado (f. 2)
Racemo congesto (f. 3)
 Inflorescência com comprimento inferior ao comprimento da folha (f. 4)
 Inflorescência axilar (f. 5) 
 Folha paripinada, folíolos oblongos, ápice arreodndado-mucronado, margem inteira, base arredondada (f. 6)
 Pluma foliar (f. 7) 
 Flor pedunculada (f. 8) 
 Botões  (f. 9)
 Estandarte reflexo (f. 10)
 Alas adnatas, falciforme (f. 11)
 Androceu monadelfo (f. 12)
 Ovário linear, estilete com a metade do comprimento do ovário (f. 13)
Pluma foliar, inflorescência axilar (f. 14)
Racemo congesto (f. 15)
Folha composta (f. 16)
Ovários em desenvolvimento (f. 17)
Frutos imaturos, tetrangulados (f. 18)
Estandarte orbicular, botão falcado (f. 19)
Estípula caduda (f. 20)
Fruto maturo, oblongo (f. 21)
Sementes reniformes (f. 22)
Leguminosae - Papilionoideae -  Sesbanieae - Sesbania Scop. Seção Sesbania Benth. 60 spp. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais uma é endêmica (Iganci 2015).

*1415. SESBANIA. P. ALPIN. Cálice cinco dentado. Bainha bivalve. Pericarpo siliquoso, multilocular, cilíndro, longo. Semente cilíndrica Linn. (Scopali 1777).


Basiônimo: Aeschynomene virgata Cav. Icones et Descriptiones Plantarum 3(2): 47–48, pl. 293. 1794.
8. virgata, racemo com muitas flores, folhas elípticas, lomento linear-ensiforme, compresso, tetragonado, caule herbáceo (Persoon 1807).

Planta arbustiva 2 metros de altura; ramos flexuosos, glabros, cilíndricos, inermes. Estípulas caducas.  Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, paripindas, 14-22 pares de jugas; folíolo suboposto ou oposto, oblongo-obovado, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base arredondada, membranáceo, raque 7 vezes maior que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, racemos congestos; pedúnculo curto. Botão falcado. Flore pedicelada, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, desiguais, curto, quase inconspícuos; pétalas 5, ungiculadas, amarelas, estandarte orbicular, retuso, reflexo, amarela; alas 2, falcadas, amarelas, quilha 2, soldadas, falcadas; androceu monadelfo; gineceu ovário linear, verde, estipitado, estilete curto. Frutos câmara, indeiscentes, oblongo, plano, tetrangulado, ocráceo. Sementes 6 x 3 mm oblonga-reniforme, monocromada, castanho, testa macia, hilo orbicular, central.

Comentários

Esta espécie ocorre me terrenos arenosos, em beira de rios, locais brevemente inundados. Seus frutos apresentam o mesocarpo desenvolvido, são indeiscentes.

Neste site temos duas espécies Sestania punicea (Cav.) Benth. e S. virgata que são facilmente distintas pela cor da flor e forma do fruto. A primeira tem flores rosas e frutos alados, enquanto a segunda tem flores amarelas e frutos sem alas.

Fotos: Rubens Teixeira Queiroz - Barão Geraldo, Campinas - SP (f. 15-20); Bancários, João Pessoa - PB (demais)

Referência

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Iganci, J.R.V.; Miotto, S.T.S. Sesbania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 23 Mar. 2015

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Persoon, C.H. 1807. Sesbania. Synopsis Plantarum 2(2): 316. 

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.
-Queiroz, R.T. 2020. Sesbania in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29852>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Scopoli, J.A.G.A. 1777. Sesbania. Introductio ad Historiam Naturalem 308–309.

-Silva, R.R, & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Papilionoideae (Leguminosae) do Planalto Residual do Urucum, oeste do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea, 39(1), 39-83https://doi.org/10.1590/S2236-89062012000100003


Exsicatas

Herbário K, MOP e Reflora