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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Fabaceae - Chamaecrista flexuosa (L.) Greenes

Flor grande, pétalas unguiculadas, amarelas, estames pequenos, anteras lineares, deiscência poricida (f. 1)
Flor zigomorfa, pétalas obovadas (f. 2)
Caule fraxiniforme, flores isoladas (f. 3)
Cálice lanceolado, dimórfico, com estrias vermelhas (f. 4)
Flor longo-pedicelada (f. 5)
Ovário linear, seríceo, estilete curto (f. 6)
Corola concava (f. 7)

Estípula cordiforme, folha composta (f. 8)
Frutos pedicelados (f. 9)
Flor longo-pedicelada, pilosa, axilar (f. 10)
Caule fractiflexo (zig-zag) (f. 11)
Estípula cordiforme, margem ciliada (f. 12)
Folha composta, folíolos oblongos (f. 13)
Nectários sésseis, distribuído no pecíolo e na raque (f. 14)
Nó com frutos e folhas (f. 15)
Folíolos oblongos, ápice agudo, mucronado (f. 16)
Fruto plurisseminado (f. 17)
Semente quadrada, testa lisa (f. 18)
Cálice isomorfo, sépalas livres, ovado-lanceolado (f. 19)
Verticilos reprodutivos, androceu e gineceu, anteras amarelas (f. 20)
Pedicelo híspido, botão ovado (f. 21)
Fruto linear, plano (f. 22)
Leguminosae, Caeslapininioideae, Casseae, Cassinae, Chamaechista Moench, Sec.: Chamaecrista, serie Flexuosae (Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista flexuosa (L.) Greene, Pittonia 4(20D): 27. 1899.

Basiônimo: Cassia flexuosa L., Species Plantarum 1:379–380. 1753.

Planta subarbustiva, 50 cm de altura, decumbente; ramo fractiflexo, cilíndrico, estriado, piloso, inerme. Estípulas 2, ovadas, ápice acuminado, mucronado, base cordada, persistente. Folha composta, paripinada, multijuga, folíolos oblongos, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabrescente, pecíolo 10x menor que a raque, pecíolo caniculado com nectários, estes presentes na raque também; nectários concavos, sésseis, escuros. Inflorescência axilar, cimosa; pedicelo longo, bractéolas 2; botão ovado. flores longo pedicelada, pequenas, monoica; cálice dialissépalo, sépalas 5, isomorfas, ovado-lanceoladas; corola dialipétalas, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, obovadas; androceu 10, estames 10, livres, heteromórficos, filete curto, antera longa, falcada, amarela, deiscência poricida; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado, serício, cinéreo, estilete curvado, glabro. Fruto legume, linear, plano, castanho. Semente numerosas, quadrada, testa lisa, hilo marginal.

Comentário 

Esta espécie é muito fácil de ser reconhecida por apresentar caule em zig-zag, fino, lingoso, estípulas ovada, base cordada e ápice agudo, folhas multijuga, mais de 10 pares de folíolos.
Na Paraíba ocorre principalmente nos terrenos baldios.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referências
 
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T.; Souza, B.I. e Borges Neto, I.O. 2020. Guia de Angiospermas dos Campos dos Areais do Sudoeste do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora compasso lugar-cultura.
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


MO, Reflora



quinta-feira, 12 de março de 2015

Fabaceae - Leguminosae - Chamaecrista - Seção Absus (Colladon) Irwin & Barneby

Chamaecrista orbiculata

B. Seção Absus (Colladon) Irwin & Barneby
Chamaecrista sect. Absus (Colladon) Irwin e Barneby, Brittonia 31(1): 155. 1979. Cassia sect.. Absus De Candolle ex Colladon, 1816. ­Sp. Typica: C. hispida Colladon = Chamaecrista hispidula (Vahl) Irwin e Barneby
Inflorescência presente nos ramos frondosos do mesmo ano, terminal racemo simples ou terminal racemo-paniculado, ou por redução do ramo axilar racemoso, o eixo primário de cada racemo desenvolvido e vários floridos, se reduzido (raramente) 1 flor, com pubescência viscoide-setosa; androceu 10 estames, diminutamente ovado ou falcadamente hemi-lanceolada, oculto por uma hetermorfia, pétala envolta ou convoluta interposta entre ela e a obliquamente o  estilete exserto, os filamentos todos menor que a metade do comprimento de sua antera, esta ciliada ao longo da sutura lateral e deiscente na parte apical, na antese da flor; estilete cilíndrico, nem dilatado nem curvo distalmente; o estigma muito pequeno com cavidade simetricamente terminal. - Ervas perenes, com raiz principal ou xilopódio, ou subarbusto, estes raramente subarborescentes, um (Subsect. Otophyllum) arbustivo mas anual; filotaxia principalmente alterna espiralada sempre, se o caule herbáceo; pubescência comumente composta parcialmente por setas ou sétulas glandulosas, estas, às vezes, reduzidas a suas bases bulbosas ou a pontos resinosos, na folhagem ou inflorescência (ou em ambos) em consequência mais ou menos viscoso, mas os tricomas glandulares especializados são ausentes na subseção Baseophyllum e Adenophyllum; glândulas peciolares ausentes, exceto em 4 espécies da subsect. Adenophyllum, Baseophyllum e Otophyllum; x = 14. - spp. 167, Neotropical.

Chave para subseção da seção Absus

1. Glândulas peciolares presente, séssil, escutelada e depressa, situada entre os pares de folíolos abaixo do primeiro par de folíolos, ou (quando pecíolo suprimido) entre o proximal (ou apenas) par de folíolos; seta glandular 0, mas o legume as vezes glutinoso
2. Arbusto, ou subarbusto com um xilopódio; folíolos 1-4 pares, todos normalmente folíaceo; pedúnculo exatamente axilar; pétalas secas amarelas ou laranjas.
 3. Folíolos margem plana, fortemente assimétrico na base, palmadamente 3-7-nervuras a partir do       pulvinulo; eixo da inflorescência portando com glândulas estuteladas (como na seção Apoucouita) .................................Ba. Subsect. Baseophyllum
3. Folíolos margem revoluta, subsimétrico na base, 3 nervuras a partir do pulvino; eixo da inflorescência sem glândula. Brasil 2 spp.........................................................Bb. Subsect. Adenophyllum
2. Ervas anuais (às vezes de duração de tempo e altura longos); folíolos 10-20 pares, o proximal 1-3    pares modificado em lâminas sésseis deltoide-reniforme semelhantes a brácteas florais ou estípula;     pedúnculo adnado ao internó-caule. Os folíolos aparecendo supra-axilares (como na seção           Chamaecrista ser. Chamaecrista); pétalas secas esbranquiçadas..................................................   Bc. subsect. Otophyllum

1. Glândula peciolar ausente, seta glandular presente, pelo menos sobre a inflorescência ou sobre o ovário (legume) ou, se falta seta, a folhagem e inflorescência verruculosa-glandular ou pontos resiferos, viscóides quando fresco; largamente espalhado na América Tropical N. e Sul, fracamente penetrando as regiões de clima subropical. 166 spp........ Bd. Subsect. Absus

-Irwin, H.S. & Barneby, R.C. (1982) The American Cassinae: a synoptical revision of Leguminosae tribe Cassieae subtribe Cassinae in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 455–918.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Fabaceae - Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby -melosa-


 Pétalas unguiculadas com margem basal vermelha (f. 1)
 Racemo com flores amarelas, pedúnculo e cálice ovado coberto por tricomas glandulares (f. 2)
Pétalas unguiculadas, amarelas, anteras oblongas, compridas protegidas pela pétala (f. 3)
Androceu com anteras oblongas, gineceu estilete glabro, curvado (f. 4)
Anteras rimosas (f. 5)
 Indumento no estilete curvo (f. 6)
Cálice com sépalas homomórficas, corola com pétalas obovadas (f. 7)
Tricomas glandulares híspidos (f. 8)
Planta subarbustiva, tetrafoliolada (f. 9)
Espécies rupícula (f. 10)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção Absus serie Absoideae (Irwin e Barneby 1982), 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.



Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 661. 1982.
Basiônimo: Cassia amiciella H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 30: 267–270, pl. 26f–h, j–l. 1978. Tipo: -BRASIL: Bahia, Queimadas; 9-11 jun 1915, Rose and Russell 19837 (holótipo: US; Isótipo: NY Imagem!)

Planta subarbustiva, prostrada, caule cilíndrico, rufo, glabrascente, ramos cilíndricos, hirsuto, com tricomas glandulares. Estípulas estreitamente-triangulares. Folhas paripinadas, 2 pares de jugas; folíolos obovados, ápice truncado, margem inteiras, base cuneada, epifilo e hipofilo glabros, pecíolo longo, hirsuto. Inflorescências terminais, racemos; botões ovoides; pedicelo longo, hirsuto; flores alaranjadas, monoicas; sépalas 5, verdes, oblongos, dorsalmente hirsuta, mucronado; pétalas orbiculadas, obovada, unguiculadas, alaranjadas, unguiculadas, base vermelha, pétala inferior se dobra cobrindo as anteras; Estames 10, filete curto; anteras oblongas, deiscência rimosa, mucronada; gineceu unicarpelar, ovário súpero, estilete longo curvo, piloso até 1/3. Fruto oblongo, legume típico, plano, hirsuto.

Comentários

Esta espécie é intimamente relacionada a Chamaecrista hispidula com relação a morfologia do hábito, tipo de indumento, inflorescência e flores, no entanto tem distribuição distinta, Ch. amiciella ocorre nas floresta secas dos semiárido nordestino, enquanto Ch. hispidula ocorre em praias e restingas daquela mesma região. Ch. amiciela apresenta uma pétala que se dobra cobrindo as anteras e um fruto menos hirsuto, fato que não ocorrem em Ch. hispidula.


Na Paraíba é econtrada em todo o Cariri, foi coletada em São José dos Cordeiros.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - 27-10-2014, Ambiente de inselbergue, Caatinga - RPPN- Fazenda Almas - São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Correia, C. L. B & Conceição, A. S. 2017. The genus Chamaecrista Moench in a fragment of the Ecological Station Raso da Catarina, Bahia, Brazil. Biota Neotropica 17: 1–15.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

-Souto F.S., Quaresma A.A., Queiroz R.T. & Pereira M.S. 2019. Estudo taxonômico da Tribo Cassieae (Leguminosae – Caesalpinioideae) no Parque Ecológico Engenheiro Ávidos, Cajazeiras-PB. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 3(1) - in press.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicata

MO, NY


Notas

De acordo com Irwin e Barneby (1982) em Chamaecrista temos 6 seções, entre estas a maior em diversidade de espécies é  Chamaecrista seção Absus. Aqui, fizemos uma tradução, no entanto por não dominar o inglês, aconselho a consultar sempre a obra original que pode ser obtida em pdf neste mesmo blogger. clicando na barra de gênero em Cassia será possível obter os dois volumes.

B. Seção Absus (Colladon) Irwin & Barneby
Chamaecrista sect. Absus (Colladon) Irwin e Barneby, Brittonia 31(1): 155. 1979. Cassia sect. Absus DeCandolle ex Colladon, 1816. ­Sp. Typica: Chispida Colladon = Chamaecrista hispidula (Vahl) Irwin e Barneby
"Inflorescência presente nos ramos frondosos do mesmo ano, terminal racemo simples ou terminal racemo-paniculado, ou por redução do ramo axilar racemoso, o eixo primário de cada racemo desenvolvido e vários floridos, se reduzido (raramente) 1 flor, com pubescência viscoide-setosa; androceu 10 estames, diminutamente ovado ou falcadamente hemi-lanceolada, oculto por uma hetermorfia, pétala envolta ou convoluta interposta entre ela e a obliquamente o  estilete exserto, os filamentos todos menor que a metade do comprimento de sua antera, esta ciliada ao longo da sutura lateral e deiscente na parte apical, na antese da flor; estilete cilíndrico, nem dilatado nem curvo distalmente; o estigma muito pequeno com cavidade simetricamente terminal. - Ervas perenes, com raiz principal ou xilopódio, ou subarbusto, estes raramente subarborescentes, um (Subsect. Otophyllum) arbustivo mas anual; filotaxia principalmente alterna espiralada sempre, se o caule herbáceo; pubescência comumente composta parcialmente por setas ou sétulas glandulosas, estas, às vezes, reduzidas a suas bases bulbosas ou a pontos resinosos, na folhagem ou inflorescência (ou em ambos) em consequência mais ou menos viscoso, mas os tricomas glandulares especializados são ausentes na subseção Baseophyllum e Adenophyllum; glândulas peciolares ausentes, exceto em 4 espécies da subsect. Adenophyllum, Baseophyllum e Otophyllum; x = 14. - spp. 167, Neotropical".

Chave para subseção da seção Absus (Irwin e Barneby 1982)

1. Glândulas peciolares presente, séssil, escutelada e depressa, situada entre os pares de folíolos abaixo do primeiro par de folíolos, ou (quando pecíolo suprimido) entre o proximal (ou apenas) par de folíolos; seta glandular 0, mas o legume as vezes glutinoso
2. Arbusto, ou subarbusto com um xilopódio; folíolos 1-4 pares, todos normalmente folíaceo; pedúnculo exatamente axilar; pétalas secas amarelas ou laranjas.
 3. Folíolos margem plana, fortemente assimétrico na base, palmadamente 3-7-nervuras a partir do       pulvinulo; eixo da inflorescência portando com glândulas estuteladas (como na seção Apoucouita) .................................Ba. Subsect. Baseophyllum
3. Folíolos margem revoluta, subsimétrico na base, 3 nervuras a partir do pulvino; eixo da inflorescência sem glândula. Brasil 2 spp.........................................................Bb. Subsect. Adenophyllum
2. Ervas anuais (às vezes de duração de tempo e altura longos); folíolos 10-20 pares, o proximal 1-3    pares modificado em lâminas sésseis deltoide-reniforme semelhantes a brácteas florais ou estípula;     pedúnculo adnado ao internó-caule. Os folíolos aparecendo supra-axilares (como na seção           Chamaecrista ser. Chamaecrista); pétalas secas esbranquiçadas..................................................   Bc. subsect. Otophyllum

1. Glândula peciolar ausente, seta glandular presente, pelo menos sobre a inflorescência ou sobre o ovário (legume) ou, se falta seta, a folhagem e inflorescência verruculosa-glandular ou pontos resiferos, viscóides quando fresco; largamente espalhado na América Tropical N. e Sul, fracamente penetrando as regiões de clima subropical. 166 spp........ Bd. Subsect. Absus

-Serie Absoideae Benth. Folha bijuga, membranácea, frequentemente folhas jovens com menos pubescência em ambas faces, curtas ou longas, raro ( em Chbarbata) maior, obtusa ou (em Chpaucijuga) aguda. Espécies arbustiva, ou arbustiva (Bentham 1870:131) Em Bentham (1870) tinham 18 espécies, Irwin e Barneby (1982) reordenaram as espécies e em seu tratamento são encontradas 24 taxa ver  IB. 1982:660. 

Chamaecrista multisetaChegleriChlongicuspisChparaunanaCh. barbataChrugosaChbelemiiChsalvatorisChacosmifoliaCh. andersoniiChjuruensis, ChbrevicalysChzygophylloidesChsuzanaChjacobinaeChchapadaeChviscosaChcampestrisChhispidulaChamiciella, ChcarobinhaChpunctulataChroncadoensisCh. fagonioides e Chfodinarum.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Fabaceae - Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby

Pétalas amarelas, cuculada, obovada, estilete glabro, estigma puntiforme (f. 1)
Pétala maior abrigando a deiscência das antera, pétalas unguiculadas, amarela, ovário seríceo (f. 2)
Sépalas isomorfas, ovado-lanceolada, com indumento híspido (f. 3)
Pétalas com guia de néctar vermelho, anteras oblongas, abrindo por poros (f. 4)
 Flores isoladas, axilares (f. 5)
Folhas compostas, paripinadas, 5 pares de juga (f. 6)
folhas compostas, 5-7 pares de folíolos, valva do fruto seca, espiralada (f. 7)
subarbusto ereto sobre um inselbergue (f. 8)
 Ramo cilíndrico (f. 9)
 Pedicelo longo, fruto legume, plano (f. 10)
 Folíolo oblongo, mucronado (f. 11)
Estípula estreitamente-triangular (f. 12)






Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção Chamaecrista, serie Prostatae (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endemicas (Souza & Bertoluzzi 2015).



Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 707. 1982.

Basiônimo: Cassia tenuisepala Benth., FloraBrasiliensis 15(2): 164. 1870. –Tipo: BRASIL: Piaui, Oeiras, 3-1839. Gardner 2125 (Síntipo: K imagem!)

Planta subarbustiva, ereta; caule lenhoso; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Estípula estreitamente-triangular, margem ciliada, persistente. Folha composta, paripinada, 5-7 pares de juga, folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervuras palmada, membranáceo, face adaxial e abaxial glabros, raque 6-7 vezes mais comprida que o pecíolo, nectário estipitado na base da raque. Inflorescência cimosa. Botão ovado. Flor axilar, isolada, longo pedicelada, estipelas inconspícuas; cálice isomorfo, livres, sépalas 5, ovado-lanceolado, dorsalmente híspido, vináceas; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, obovada, obovada-cuculada, 2 apresentam guia de néctar vermelho no ápice da unguícola; androceu 10, estames suavemente curvado, filete curto, antera oblonga, poricida; gineceu 1, ovário séssil, pluriovulado, seríceo, glabro, estilete gabro, estigma puntiforme. Fruto legume típico, plano, linear, valvas membranácea.

Comentário

Espécie é facilmente reconhecida pelo hábito subarbustivo ereto e lenhoso, folhas compostas 5-7 folíolos.
Na Paraíba foi coletada na fazenda Almas em São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, ambiente de inselbergue, caatinga. Fazenda Almas - São José dos Cordeiros

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 164.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Correia, C. L. B & Conceição, A. S. 2017. The genus Chamaecrista Moench in a fragment of the Ecological Station Raso da Catarina, Bahia, Brazil. Biota Neotropica 17: 1–15.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 721.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 


-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27902>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Síntipo K


Exsicatas

Herbário P


Notas

De acordo com Irwin & Barneby (1982:706) a série Prostratae  é caracterizada por apresentar plantas muito difusa, subarbustiva, prostrada, exceto Chamaecrista tenuisepala que é eretapecíolo com glândula delgadamente estipitada, 2-9 pares de folíolos na maioria, exceto Ch. tricopoda mais de 22 (26) pares, pedúnculo exatamente axilar, sépalas agudas ou acuminadas, flores principalemente pequenas, a maior pétala 3.5-11, em duas espécies, até 17-20 mm. Distribuídas através dos tropicos nas Américas, estendendo até o norte da Argentina e adversamente até a Florida. Todos os representantes no Brasil. 

 Esta série é  constituída por sete espécies: Chamaecrista cordistipula (Mart.) H.S.Irwin & BarnebyChkunthiana  (Schltdl. & Cham.) H. S. Irwin & Barneby,  Chpilosa (L.) Greene, Chserpens (L.) Greene, Chsupplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Britton & KillipChtenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby e Chtricopoda (Benth.) Britton & Rose ex Britton & Killip

Chave 


1. Planta lenhosa erecta.......................................................Chtenuisepala
1. Planta pouco lenhosa prostrada
    2. Folha com 11-26 pares de folíolos.................................Chtricopoda
    2. Folha com menos de 11 pares de folíolos
        3. Estípulas lanceoladas ou ovada
            4. Androceu 10 estames ..................................................Ch. serpens
            4. Androceu 5 estames.......................................................Chpilosa
        3. Estípulas cordiformis
                5. Planta com 3 pares de folíolos............................Chkunthiana
                5. Planta com mais de 3 pares de folíolos
                    6. Androceu 3-5 estames...................................Chsupplex
                    6. Androceu 10 estames..................................Chcordistipula