quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Fabaceae - Calliandra leptopoda Benth.

Filotaxia alterna dística (f. 1)
Estípula basifixa, orbicular (f. 2)
Estipula com nervação actinódroma (f. 3)
Ramo fractiflexo (f. 4)
Folha palmada-bipinada (f. 5)
Folíolos oblongos (f. 6)
eguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Calliandra Benth. 135 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 74 espécies das quais 59 são endêmicas (Souza 2015).

Calliandra Benth.

Arbusto, ramos densamente difusos, glabros ou com tricomas presentes, cilíndrico, inerme. Filotaxia alterna dística ou espiralada. Estípulas basifixas. Folha bipinada, bi-plurifoliolada, folíolos opostos; raque quando presente menor que o pecíolo, foliólulos oblongos, ápice mucronado, margem inteira, base rotunda, nervação actinódroma, face adaxial e abaxial com indumento ou glabras, membranácea. Inflorescência axilar, glomérulo. Flores sésseis ou pediceladas, actinomorfas, monoclinas, hipóginas, polistêmone; cálice tubuloso, sépalas lunidas, 5; corola gamopétala, pétalas 5; androceu monadelfo, estames isodínamos, filetes maiores que o tubo; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulados. Fruto legume-típico, linear, plano, valvas com margem lignosas.

Calliandra leptopoda Benth., London Journal of Botany 3: 101. 1844.

Comentários
Esta espécie é abundante no cerrado.

Nome popular: flor do cerrado


EtimologiaCallinadra = estames belos

fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Boqueirão da Onça, Sento Sé, Bahia, Brasil


Referência
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal. Botanic Gardens
-Souza, E.R. de Calliandra in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 15 Jun. 2015

Exsicata


http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=1220266

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Fabaceae - Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth.

Flor zigomorfa  (f. 1)
Pedúnculo reto, rufo-tomentoso  (f. 2)
Cálice tubulosos com lobos maiores que os tubos  (f. 3)
Flor breve-pedicelada  (f. 4)
Pseudorracemo  (f. 5)
Pedúnculo tomentoso  (f. 6)
Botões oblongos  (f. 7)
Lobos lanceolados  (f. 8)
Estandarte murcho  (f. 9)
Flor com corola papilionácea  (f. 10)
Cálice com lobos menores que o tubo  (f. 11)
Cálice com lobo tetralobado  (f. 12)
Pétalas livres  (f. 13)
Folha ternada, rufo-tomentoso, elíptico, ovado  (f. 14)
Liana  (f. 15)
Legume plano, rufo-tomentoso  (f. 16)
Valvas tomentoso  (f. 17)
Legume com cálice persistente  (f. 18)
Valvas lignosas  (f. 19)
Pecíolo menor que a raque  (f. 20)
Folíolos com nervação camptódroma  (f. 21)

Leguminosae-Papilionoideae, Phaseoleae, Dioclea Kunth. ca 60 spp. (Lewis et al 2005) nome dado por Kunth em homenagem a Diocles de Caristo, médico Grego.

No Brasil ocorrem 32 espécies das quais 15 são endêmicas (Queiroz 2015).

Dioclea Kunth.

Liana volúvel, ramo cilíndrico, tricoma presente, inerme. Estípulas basifixas ou medifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos obovados, elípticos, ovados, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial tricoma presente ou ausente, face adaxial com tricoma, raque menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, brácteas inconspícuas. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas dialipétalas, estandarte reflexo ou não, alas livres, quilha adnata, as vezes cocleada. androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulados.  Legume típico, linear, plano, margem reta ou ondulada, valvas lenhosas, rufas. Sementes numerosas, testa lisa, hilo linear.

Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 70. 1837.

Nome popular: mucunã

Comentário

Liana com ramos, folhas e frutos coberto de indumento rufo. Morfologicamente semelhante a D

virgata, porém são distintas pelo indumento tomentos e flores subsésseis em D. lasiophylla vs. indumento piloso e flor pedicelada em D. virgata.

Na Paraíba ocorre sobre os afloramentos rochosos da Serra do Paulo em São João do Tigre,


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, São João do Tigre, Paraíba, Brasil.

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Maxwell, R.H. (1969) The genus Dioclea (Fabaceae) in the New World. Southern Illinois Univ., Tese DR.

-Queiroz, L.P. Dioclea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mar. 2015

-Queiroz, L.P. 2020. Dioclea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18529>. Accessed on: 01 May 2021

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

Exsicatas

Herbários Reflora

Fabaceae - Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke - faveira amargosa -

 Panícula laxa, flores com corola papilionácea (f. 1)
 Panícula laxa (f. 2)
Flor com corola papilionácea (f. 3)
Flor dissecada (f. 4)
Fruto em desenvolvimento (f. 5)
 Sâmara estipitada, núcleo seminífero basal (f. 6)
Folha imparipinada (f. 7)
Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Vatairea Aubl. 

No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 1 é endêmica (Domingos 2015).

Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke, Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 5: 141. 1930.

Basiônimo: Machaerium macrocarpum Benth., Journal of Botany, being a second series of the Botanical Miscellany 2(10): 67. 1840.

Árvore, copa assimétrica, tronco reticulado; ramo cilíndrico, inerme, tomentoso. Estípula basifixa. Filotaxia oposta-cruzada. Folha imparipinada, 7-11-foliolada, folíolos opostos, ovados, oblongos, elíptico, ápice retuso, margem inteira, base truncada, face adaxial e abaxial glabra, coriáceo, raque menor que o pecíolo. Inflorescência terminal, panícula, bráctea pequena, botão oblongo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, sépalas inconspícuas; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, violeta; estandarte e alas reflexos, quilha adnata;  androceu monadelfo, estames 10, heteroclamídea, diplostêmone; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário brevi-estipitado. Fruto tipo sâmara, plano; núcleo seminífero basal.


Fotos: Maurício Mercandante (1-2, 6-7), Distrito Federal, Brasil.
            Vagner Rebouças (f. 3-5), Ceará, Brasil.

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)


-Cardoso, D.B.O.S. 2015. Vatairea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23208>.

-Lima, H.C. de. 1982. Revisão taxonômica do gênero Vatairea Aublet (Leguminosae- Faboideae). Arquivos do Jardim de Botânica do Rio de Janeiro 173- 213.


-Ramos, G.; Cardoso, D.B.O.S.; Lima, H.C. 2020. Vatairea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29902>. Accessed on: 08 May 2021


-Silva Junior, M. C. da. 2012. 100 árvores do cerrado: sentido restrito: guia de campo Brasília, DF: Rede de Sementes do Cerrado. 304 p. il.


Exsicatas

Herbários Reflora, JBRJ


sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Fabaceae - Macropsychanthus sclerocarpus (Ducke) L.P. Queiroz & Snak - mucunã -

Pseudorracemo congesto (fig. 1)
Flor zigomorfa com calo na base do estandarte  (fig. 2)
Botões florais (fig. 3)

Flores com corola papilionácea (fig. 4)
Ramos recobrindo a copa das árvores  (fig. 5)
Flor zigomorfa, com alas livres  (fig. 6)
Vista lateral da flor mostrando o estandarte reflexo  (fig. 7)

Cálice tubuloso, pentalobado  (fig. 8)
Quilhas adnatas  (fig. 9)
 Cálice campanulado (fig. 10)
 Quilha alva (fig. 11)
 Ovário protegido no tubo estaminal (fig. 12)
Androceu monadelfo  (fig. 13)
Anteras dimorfas (fig. 14)
 Frutos imaturos (f. 15)
Valvas lisas (fig. 16)
Legume linear, plano  (fig. 17)
valvas rufas  (f. 18)
legume plano  (fig. 19)
Fruto plurisseminado  (fig. 20)
Estipelas presentes (fig. 21)
Ramo cilíndrico (fig. 22)
Folha trifoliolada (fig. 23)
Face adaxial incana (fig. 24)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb. 47 espécies (W3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 26 espécies das quais 12 são endêmicas (Queiroz; Snak 2021).

Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb.

Liana volúvel, ramo cilíndrico, tricoma presente, inerme. Estípulas basifixas ou medifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos obovados, elípticos, ovados, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial tricoma presente ou ausente, face adaxial com tricoma, raque menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, brácteas inconspícuas. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas dialipétalas, estandarte reflexo ou não, alas livres, quilha adnata, as vezes cocleada. androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulados.  Legume típico, linear, plano, margem reta ou ondulada, valvas lenhosas, rufas. Sementes numerosas, testa lisa, hilo linear.

Macropsychanthus sclerocarpus (Ducke) L.P. Queiroz & Snak, PhytoKeys 164: 102. 2020.

Sinônimo: Dioclea sclerocarpa Ducke, Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 3: 169–170. 1922.


Nome popular: mucunã

Comentário


Facilmente encontrada na mata caducifólio sobre solos vermelhos profundos.

EtimologiaMacropsychanthus gr.: macros: grande psycho: borboleta anthus: flor

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Brasil.

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

Ducke, W.A.  1922. Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 3: 169–170.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens


-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.


-Queiroz, L.P. Dioclea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mar. 2015


- Queiroz, L.P.; Snak, C. Macropsychanthus in Flora do Brasil 2020 under construction. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB617024>. Accessed on: 19 Feb. 2021


-Queiroz, L. P. & C. Snak. 2020. Revisiting the taxonomy of Dioclea and related genera (Leguminosae, Papilionoideae), with new generic circumscriptions. PhytoKeys 164: 67–114 https://doi.org/10.3897/phytokeys.164.55441


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Herbário  reflora