terça-feira, 26 de março de 2013

Fabaceae - Stylosanthes gracilis


Inflorescência glomerular, tricomas longos, cálice tubuloso, pétalas unguiculadas (f. 1)
 Folha trifoliolada, folíolos oblongo-obovados, pedúnculo cilíndrico, lanoso (f. 2)
 Flor pedicelada (f. 3)
 Cálice campanulado, estandarte rosa, com dorsalmente estriado, estrias vinácea (f. 3)
 Ramo pouco difuso, cilíndrico, estipula adnata ao pecíolo (f. 4) 
 Ramo dicotômico (f. 5)
 Hábito subarbustivo, ramificado (F. 6)
Brácteas lanceoladas, marginalmente com tricomas híspidos, flor com corola papilionácea, estandarte estriado em ambas faces, alas ovadas, amarelas (f. 7)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Stylosanthes SW. 1788, S. seção Stylosanthes Vogel,  25 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais 12 são endêmicas (Costa e Valls 2015).

Stylosanthes SW.
Ervas ou subarbustos, eretos, ramificados; ramos inermes. Estípulas adnatas aos pecíolos. Folhas trifolioladas. Inflorescências espigas. Flores estipitadas ou sésseis, monoclinas, hipóginas, zigomorfas; cálices tubulosos, corolas papilionáceas. Frutos lomentos, estiletes persistentes.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parque São José do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil.


Referências

-Costa, L. C.; Sartori, A. L. B. & Pott, A. 2008. Estudo Taxonômico de Stylosanthes Sw. (Leguminosae – Papilionoideae – Dalbergieae) Em Mato Grosso Do Sul, Brasil. Rodriguésia 59 (3): 547-572
-Costa, L.C. da; Valls, J.F.M. Stylosanthes in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 17 Mar. 2015
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.


Exsicatas



segunda-feira, 25 de março de 2013

Fabaceae - Guilandina bonduc L. - carniça -

Flor amarela, pétala unguiculada, obovada (f. 1)
Bráctea lanceolada, acúleo presente, filetes longos (f. 2)
Racemo laxo (f. 3)
Brácteas patentes, lanceoladas (f. 4)
Fruto obovado-oblongo, espinescente, plano (f. 5)
Fruto brevemente estipitado (f. 6)
Fruto imaturo, verde (f. 7)
Fruto seco, enegrecido (f. 8)
Pedúnculo curto (f. 9)
Fruto deiscente, semente globoide (f. 10)
Valvas abertas (f. 11)
Valvas espinescentes (f. 12)
Semente orbicular, hilo central (f. 13) 
Planta arbustiva, prostrada (f. 14)
Filotaxia alterna, espiralada (f. 15)
Folha composta, bipinada (f. 16)
Ramo cilíndrico, armado (f. 17)
Folha composta bipinada (f. 18)
Foliólulo oblongo-elíptico (f. 19)
 Legume deiscente, semente obovada, cinza, testa dura (f. 20)
Ramo cilíndrico, armado (f. 21)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Caesalpinieae, Guilandina L. 18 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem duas espécies (Lewis 2015).

Guilandina bonduc L., Species Plantarum 1: 381. 1753.
SinônimoCaesalpinia bonduc (L.) Roxb., Fl. Ind. 2: 362. 1832.

Planta arbustiva, decubmente, enorme; ramo cilíndrico, densamente armado, glabro. Estípula 2, foliácea. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, bipinada, armadas, 7-8 pares de juga, foliólulos 6-7 pares de juga, opostos, elípticos, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica-truncada, face adaxial e abaxial glabras, coriáceo. Inflorescência axilar, racemo congesto; pedúnculo longo; brácteas lanceoladas, patente. Botão ovado, tomentuloso. Flor pequena, pedicelada, diclamídea, heteroclamídea, monoica; hipanto campanulado, curto; cálice 5, livre, oblongo, tomentuloso; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelo-esbranquiçado, obovada; androceu 10, estames com filete com tricoma na base, antera elíptica, dorsifixa, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, subséssil, biovulado; estilete glabro, estigma puntiforme, verde. Fruto brevemente-estipitado, legume, valva coriácea, densamente armada. Semente obovada, cinza, testa lisa, extremamente-dura.

Comentário
Esta espécie é facilmente reconhecida pelo caule densamente armado, folhas grandes com folíolos e foliólulos grandes, inflorescência com brácteas lanceoladas e o fruto com valva cartácea e duas sementes 1,2 x 1 cm obovoides, testa dura e cinzenta.
Planta com pequena população encontrada nas praias de Tambaú e Cabo Branco, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Nome vernacular: carniça
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, praia de Cabo Banco, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referência

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

Lewis, G.P. Guilandina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 12 Mai. 2015

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

-Robertson, K. R. & Y. T. Lee. 1976. The genera of Caesalpinioideae (Leguminosae) in the southeastern United States. J. Arnold Arbor. 57(1): 1–53.

-Standley, P. C. & J. A. Steyermark. 1946. Leguminosae. Flora of Guatemala. Fieldiana, Bot. 24(5): 1–368.


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Herbários Reflora

quarta-feira, 13 de março de 2013

Fabaceae - Chamaecrista debilis (Vogel) H.S. Irwin & Barneby

Ramos articulados  (f. 1)
Flor assimétrica (f. 2)
Pétalas unguiculadas (f. 3)
Racemos axilares (f. 4)
Cálice heteromorfo (f. 5)
Flor pedicelada (f. 6)
Folhas multijuga (f. 7)
Racemo axilar ou terminal (f. 8)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção absus.
(Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).


No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista debilis (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 647. 1982.

Basiônimo: Cassia debilis Vogel

Arbusto 1 m altura , folhas compostas orbiculadas. Inflorescência com tricomas glandulares.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parque do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Cota, M.M.T., Rando, J.G., Mello-Silva R. (2020) Chamaecrista (Leguminosae) of the Diamantina Plateau, Minas Gerais, Brazil, with six new species and taxonomic novelties. Phytotaxa 469: 1-82.

-Irwin, H.S.; Barneby, R.C. 1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 6xx.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27916>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Scalon VR (2003) Flora do Distrito Federal, Brasil: Chamaecrista Moench Seção Absus (Collad.) H. S. Irwin & Barneby (Caesalpiniaceae). Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, São Paulo. Pp. 83. 

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet]. [cited 2021 Apr 22]



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Herbário MO

terça-feira, 12 de março de 2013

Fabaceae - Tephrosia candida DC.

Flor com corola papilionácea, pétalas alvas, estandarte orbicular, alas obovadas, livres (f. 1)
 Subarbustos, ereto, pouco difuso (f. 2)
Ramo estriado, estrigoso, rufo, folha imparipinada, folíolos oblongos, opostos, mucronado, face adaxial glabra, face abaxial serícea (f. 3)
 Estilete piloso (f. 3)
Semente ovada, testa marmorada, arilada (f. 5)

Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae, Tephrosia Pers. subgen. Barbistyla Brummitt. ca. 350 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil são encontradas 13 espécies (Flora do Brasil 2020).

Tephrosia Pers.

Subarbusto, arbusto, decumbente ou ereto; ramos difusos. Estípulas laterais, persistentes. Folhas alternas espiraladas ou dística, imparipinadas, raque maior que o pecíolo. Inflorescência terminal ou axilar, pseudorracemo ou flores axilares. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, dialipétala, hipógina, diplostêmone; cálice gamossépalo, 5 lobado, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu pseudomonadelfo, estames 10, antera rimosa; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, estilete liso ou indumentado, estigma liso ou indumentado. Fruto legume-típico, linear, plano.

Tephrosia candida DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 249. 1825.

Planta arbustiva ca. 3 m de alt., ramo estriado, indumento rufo, estrigoso, inerme.  Folha multijuga, imparipinada, folíolo oposto, oblongo; ápice obtuso, mucronado, margem inteira, base cuneada, face superior glabra, inferior vilosa, membranácea; pecíolo caniculado, mais de 5 vezes menor que a raque. Inflorescência terminal ou axilar, pseudorracemo. Flor pedicelada, monoica; cálice campanulado, lobo 5, arredondado; corola papilionácea, pétala 5, unguiculada, alva, estandarte orbicular, patente, ala livre, obovada, quilha soldada; androceu pseudomonadelfo, estame 10, antera uniforme, rimosa; gineceu unicarpelar, ovário súpero, estrigoso, filete com tricomas presentes. Fruto legume típico, linear, plano, reto, valva coríacea. Semente oblonga, obovada, marmorada, testa lisa, arilada.

Comentário


Planta introduzida do sudeste asiático. 

Muitas vezes foi confundida em herbário com Tephrosia sinapou, no entanto são espécies

extremamente distintas. T. candida tem folíolo com face adaxial glabra, ápice mucronado e até 20 pares

 de folíolos, estilete reto. Versus T. sinapou tem folíolos com ambas faces com indumento, ápice retuso

 ou arredondado, mais de quarenta pares de folíolos, estilete curado.

Nome popular: timbó


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, São Paulo divisa com Minas Gerais próximo a São Sebastião-MG 

Referências


- BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Domingues, H.A.; Queiroz, R.T.; Rossi, M.L; Martinelli, A.P.; Luz, C.F.P. 2019. Pollen mor-phology and ultrastructure of TephrosiaPers. (Legu-minosae – Papilionoideae – Millettieae): a taxo-nomic approach for native and cultivated species in Brazil.Grana, Stockholm, v. 58, p. 159-173, 2019.DOI: https://doi.org/10.1080/00173134.2019.1571626

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana.

-Queiroz, R.T.; Tozzi, A.M.G.A. Tephrosia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 23 Fev. 2015

-Queiroz, R.T., Saleh, E.O.L. & Tozzi, A.M.G.A. (2016) Millettieae - Tephrosia . In: Wanderley MGL, Shepherd GJ, Melhem TS, Giulietti AM & Martins SE (eds.) Flora fanerogâmica do estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo. Vol. 8, pp. 280-285.

-Queiroz, R.T.; A, Moura, T.M. de; Gereau, B,C,R.E., Lewis, G.P.; and AzevedoTozzi, A.M.G.de. 2019. Resolving nomenclatural ambiguity in South American Tephrosia (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae), including the description of a new species. Australian Systematic Botany, 2019, 32, 555–563.

-Queiroz, R.T. (2012) Revisão taxonômica das espécies do gênero Tephrosia Pers. (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae) ocorrentes na América do Sul. Tese (Doutorado). Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 321 pp.

-Queiroz RT, Tozzi AMGA, Lewis GP. 2013. Seed morphology: An addition to the taxonomy of Tephrosia (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae) from South America. Plant Systematics and Evolution 299: 459–470. doi:10.1007/s00606-012-0735-0.

-Queiroz, R.T. 2020. Tephrosia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB19205>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Ribeiro, R.T.M., Queiroz, R.T., & Loiola, M.I.B. 2018. Tephrosia (Leguminosae) no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Rodriguésia, 69(4), 1877-1887. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869423


Coleção histórica

K

Exsicatas

Herbário Reflora

terça-feira, 5 de março de 2013

Fabaceae - Tephrosia noctiflora Bojer ex Baker


 Flor zigomorfa (fig. 1)
 Flores alvas com base do estandarte violeta (fig. 2)
 Pseudorracemo pluriflorido (fig. 3)
 Corola papilionácea (fig. 4)
 Flor pedicelada (fig. 5)
 Flor com pétalas dialipétalas, unguiculadas (fig. 6)
 Estandarte reflexo (fig. 7)
 Cálice gamossépalo (fig. 8)
Alas livres (fig. 9)
Botão pedicelado, com cálice giboso (fig. 10)
Pedúnculo reto, esverdeado (fig. 11)
Botão obovado (fig. 12)
Botão imaturo, flor fecundada e fruto imaturo (fig. 13)
Flor pedicelada, flores pequenas, pediceladas (fig. 14)
Inflorescência pseudorracemo (fig. 15)
Flor pedicelada, serícea, cálice giboso, estandarte seríceo (fig. 16)
Pedúnculo estriado, pseudorracemo, botão e flores em diferentes estágios (fig. 17)
Flores fecundadas (fig. 18)
Ala oboval, lilás (fig. 19)
Quilha obovada-falcada (fig. 20)
Estames pseudomonadelfo (fig. 21)
Cálice bilabiado, lacínios superiores conados até 1/3 (fig. 22)
Anel circular, na base do ovário (fig. 23)
Frutos legumes típicos (fig. 24)
Legume com valvas seríceas (fig. 25)
Legume arqueado com filete persistente (fig. 26)
Fruto plurisseminar (fig. 27)
Placentação parietal (fig. 28)
Sementes reniformes, testa verrucosa e hilo central  (fig. 29)
Frutos lineares, planos (fig. 30)
Folha imparipinada, folíolos discolores (fig. 31)
Face adaxial glabra, raque 9x maior que o pecíolo, 21 folíolos (fig. 32)
  
folíolos discolores (fig. 33)
Venaçao peninérvea, nervuras retas, paralelas, indumento cinéreo (fig. 34)
Frutos em desenvolvimento (fig. 35)
caule haste, costado, indumento piloso, rufo, ramo a 45 °, estípula estreitamente-triangular, patente, ciliada (fig. 36)
Flores pós antese (fig. 37)
População com indivíduos maior que 1,75 m de altura (fig. 38)

Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae, Tephrosia Pers. ca. 350 espécies (Lewis et al.,  2005).

No Brasil são encontradas 13 espécies (Flora do Brasil 2020).

Tephrosia Pers.

Subarbusto, arbusto, decumbente ou ereto; ramos difusos. Estípulas laterais, persistentes. Folhas alternas espiraladas ou dística, imparipinadas, raque maior que o pecíolo. Inflorescência terminal ou axilar, pseudorracemo ou flores axilares. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, dialipétala, hipógina, diplostêmone; cálice gamossépalo, 5 lobado, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu pseudomonadelfo, estames 10, antera rimosa; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, estilete liso ou indumentado, estigma liso ou indumentado. Fruto legume-típico, linear, plano.

Tephrosia noctiflora Bojer ex Baker, Flora of Tropical Africa 2: 112. 1871.

Planta subarbustiva ca. 1 m alt., ramo dicotômico, linear, 45°, costado, serício, rufo, inerme. Estípula 2, estreitamente-triangular, ciliada. Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinadas, 21 folíolos, oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base obtusa, face adaxial glabra, abaxial serícea, cinza, membranáceo; pecíolo curto 10 x menor que o comprimento da raque. Inflorescência terminal, pseudorracemo; pedúnculo linear, reto, costado, serício, rufo; flor pequena, monoica, pedicelada; cálice giboso, lacínio 5, 2 unido até 2/3, triangular; corola papilionácea, pétala 5, unguiculada, branco, com estrias violeta; estandarte orbicular, ápice retuso; alas obovadas, quilha obovado-falcado; androceu pseudomoadelfo, estames 10, antera rimosa; gineceu moncarpelar, ovário súpero, pluriovular, serício, estilete liso, estigma puntiforme, nectário circular na base. Fruto legume, plurisseminado, linear, curvado, plano, viloso, estilete persistente, valva membranácea. Semente reniforme, testa verrucosa, marrom, hilo central, ovado.

Comentário

Espécie com distribuição restrita a área de restinga. Facilmente reconhecida pelos folíolos verde-escuro, indumento rufo-seríceo, folíolos discolores; inflorescência terminal, pedúnculo angulado, linear, reto.
Na Paraíba é encontrada nos municípios de João Pessoa e Conde na zona costeira, vista também em Santa Rita.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parnamirim, Rio Grande do Norte (f. 7-11); Jacumã, Paraíba Brasil (f. 1-6)

Referências

- BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Domingues, H.A.; Queiroz, R.T.; Rossi, M.L; Martinelli, A.P.; Luz, C.F.P. 2019. Pollen mor-phology and ultrastructure of TephrosiaPers. (Legu-minosae – Papilionoideae – Millettieae): a taxo-nomic approach for native and cultivated species in Brazil.Grana, Stockholm, v. 58, p. 159-173, 2019.DOI: https://doi.org/10.1080/00173134.2019.1571626

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.

-Queiroz, R.T.; Tozzi, A.M.G.A. Tephrosia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 23 Fev. 2015

-Queiroz, R.T., Saleh, E.O.L. & Tozzi, A.M.G.A. (2016) Millettieae - Tephrosia . In: Wanderley MGL, Shepherd GJ, Melhem TS, Giulietti AM & Martins SE (eds.) Flora fanerogâmica do estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo. Vol. 8, pp. 280-285.

-Queiroz, R.T.; A, Moura, T.M. de; Gereau, B,C,R.E., Lewis, G.P.; and AzevedoTozzi, A.M.G.de. 2019. Resolving nomenclatural ambiguity in South American Tephrosia (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae), including the description of a new species. Australian Systematic Botany, 2019, 32, 555–563.

-Queiroz, R.T. (2012) Revisão taxonômica das espécies do gênero Tephrosia Pers. (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae) ocorrentes na América do Sul. Tese (Doutorado). Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 321 pp.

-Queiroz RT, Tozzi AMGA, Lewis GP. 2013. Seed morphology: An addition to the taxonomy of Tephrosia (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae) from South America. Plant Systematics and Evolution 299: 459–470. doi:10.1007/s00606-012-0735-0.

-Queiroz, R.T. 2020. Tephrosia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB19205>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

Exsicatas

Herbário MO e P